Vamos conversar?

Vamos conversar?

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Agradecimento as 42 asas que me levarão no dia 28 de agosto!

Transcrevendo o meu agradecimento que postei o facebook, ontem, quando completei as 42 asas pra correr uma maratona. Mas as asas continuam aparecendo... O vôo vai longe...

AGRADECIMENTO:
Não importa qual é a prova que será o seu desafio no dia 28 de agosto! Importa que você, junto de mais 41 amigos toparam em ceder suas asas pra me dar carona para eu realizar um sonho meu, que começou a borbulhar assim que terminei minha primeira maratona, dia 22/11/2009. Quem já correu fora de casa e sabe que em sua cidade há corredores, maratonistas na veia, que correm sem recurso algum e correm, sabem o quanto é importante termos uma MARATONA em nossa cidade, pertinho de gente que jamais viajaria pra correr uma maratona por aí...E ver que hoje, ela está tão proxima de acontecer... mexe tanto cmg e eu não poder passar pelo asfalto queimando os 42 na sola me fez sentir um vazio de não poder sentir na pele toda aquela emoção de compartilhar um momento único como é o de poder vencer este desafio. Hoje, com a ajuda e o espírito de corredor de vocês, somei 42 asas! ISTO não tem valor! É ver concretamente que não somos apenas corredores... Vamos além! Buscamos sonhos! Acreditamos em sonhos! E muito mais: ajudamos amigos a buscarem seus sonhos! Uma vez, aprendi que na corrida podemos "fazer anjo"! Um amigo chamado Fernando Guiselini ficou conhecido como Fer-Anjo... pois deixou de correr no seu tempo pra correr com nossa amiga machucada, Mylla Vitachi. Gesto belo! BEAU GESTE! Mencionado no livro "Operação Portuga" de Sergio Xavier Filho. Neste dia, aprendi qual era a essencia da corrida... E é isso que busquei neste pequeno projeto das 42 asas que vocês responderam com o "SIM"de vocês e que, agora, acontecerá! Aguardem! Relatarei o BEAU GESTE de vocês! Como tudo na vida, a corrida não valeria a pena se não fosse pela beleza de gestos que levamos na memória e que não há dinheiro que compre, não há câmera que registre. Meu muito obrigada a cada um de vocês: minhas 42 asas pra correr minha maratona dos sonhos! Valew!

sábado, 25 de junho de 2011

TREINO DESEMENDA O FERIADÃO!!!QUE CORRER É BÃO!

Já já, saindo do lago 2 mais um treino coletivo. O quarto hj, e o quinto amanhã as 8h. Hj a Core Inteligência Esportiva confirmou presença. Amanhã, Marcia Peres Peres da AML tb estará por lá no lago. Tds estão convidados!!! Principalmente os q estão começando e vão se aventurar em seus primeiros km e querem companhia e motivação!
http://www.facebook.com/profile.php?id=100001217708224

sábado, 18 de junho de 2011

Operação Portuga - ainda desafiando e incitando pessoas a correrem pra vencer seus desafios!

Transcrevendo o que respondi à provocação do Ricardo ao me falar do livro "Operação Portuga"

Ricardo!!!!
Você entrou para a turma vip dos meus amigos! Porque aqueles que marcam e mudam o rumo da minha vida são, de certa forma, pra sempre diferentes! Aproveito e devolvo a você a homenagem que me fez! Postando em meu blog o que eu desembestei a escrever após a tua provocação. Pode ser que você, despretenciosamente, tenha dado o pontapé inicial de algo que eu enrolava em começar a fazer... Falo isso e te explico o porquê! Olhe bem o que você me fez fazer!!!!

"Então, tá! Depois de uma seqüência louca de emails, eis que me deparo com uma provocação. Um recém amigo virtual me indica um livro. Um que eu até podia ter comprado há um ano atrás, das mãos do próprio autor, em meio a Volta a Ilha, em Floripa, autografado e tudo mais. Mas lendo por cima a capa, achei que não tinha nada a ver comigo! Afinal, falava de uma competição doida entre cinco amigos e uma quebra de recorde entre eles... Nada a ver com meu perfil! Desisti, não dei bola pra isso e nunca mais me preocupei com o tal livro. E, então, no meio das conversas entre emails, ao saber de um projetinho meu, paralelo a um outro maior que seria a primeira edição da maratona em minha cidade, uma pequena cidade do interior, se comparada aos grandes berços onde as maratonas acontecem no Brasil, este amigo menciona o tal livro... Respondi que já tinha ouvido falar do livro, mas que não comprei. Li a resposta que ele tinha a ver com meu projeto das 42 asas... Curiosa, perguntei - quase implorei - para que ele me contasse logo, afinal de contas, porque era parecido com a brincadeira que eu havia lançado na rede social do facebook! Pra meu desespero e minha inconformada impaciência em saber logo, sem precisar procurar o livro, comprar e ler, só ouvi (li) uma risada e uma respostinha do tipo... “Ahhhh, vai ter que ler! Adoro atiçar a curiosidade...” Pronto! Eu tinha sido desafiada! Oras bolas! Eu ia descobrir o mais rápido o possível o que é que aquele livro tinha em comum com o que conversávamos por email! Aí, ao levar meus filhos para um pesqueiro, onde eles trabalham aos finais de semana pra engrossarem suas miúdas mesadas, vim já pensando, muito contrariada, em dar uma passadinha rápida pelo shopping que fica, bem ali, no meio do caminho. Entraria na Livraria Porto, me sentaria naqueles sofás confortáveis com o tal livro na mão e mataria logo de vez a minha curiosidade...
Pois olhe só o que aconteceu! Cacei o livro na prateleira e, ao não encontrá-lo, recorri a um funcionário que me indicou a prateleira onde ele poderia ser encontrado... Era daquelas que só se vê o lombo do livro, em meio a centenas... De cara, eu o localizei! Era hoje que eu matava minha curiosidade! Catei o livro e me sentei no primeiro banquinho, ali mesmo e comecei a ler orelhas, capa, sub-capa e seja lá o nome que for. Como fui gostando do que li, levantei-me e fui andando e lendo, ao mesmo tempo, procurando um sofá mais convidativo pra me sentar e folhear o livro. O que aconteceu nas horas seguintes foi inexplicável! Fui absorvida pelo livro! Devorei-o! E olhe que, embora já tenha sido uma ótima leitora, sou muito mais de escrever do que ler, hoje! Dos últimos que tentei ler, nenhum eu conclui! E este, eu não conseguia desgrudar os olhos! Lá pelas tantas, só fiz uma pequena pausa pra mandar uma mensagem pelo celular, dizendo que eu não compareceria ao treino coletivo pra maratona de minha cidade que eu encabeçava e para o qual eu convidava a todos os interessados pelo face... Eu tinha outro compromisso bem na mesma hora, mas estava disposta a cancelar só pra estar presente. Mas obedecendo a uma regra que me impunha, não queria tentar me achar imprescindível em todo lugar. Aprendi que as coisas corriam com ou sem mim. E eu queria um tempo pra mim! Pra eu não voltar a girar apenas em torno da corrida. E, agora ali, eu estava tão absorvida pela leitura que não arredaria o pé dali, Nem por reza brava, Nem por decreto nenhum! Permaneci! Em certos trechos, dei boas risadas. A leitura conseguia me transportar ao local e tempo onde as coisas foram acontecendo! Talvez por viver cenas parecidas, que comumente acontecem nestes meios da corrida, conseguia visualizar cada cena perfeitamente! De vez em quando olhava o relógio pra me assegurar que eu não perderia meu compromisso das 16horas. Eu havia me sentado próximo das 12h. Eu estava pra lá da metade do livro. Já tinha rido sozinha (possivelmente as várias pessoas que passaram algum tempo na poltrona ao lado da minha devem ter rido de mim, comigo!) e chorei, tentando disfarçar que eu estava, mesmo, chorando! Lá pelas tantas, desatei a chorar! Era a parte sobre Felipe... Eu antevia só pela maneira do livro narrar, descrevendo os preparativos para a viagem de avião. Tudo perfeito, família toda, todos os nomes... e quando li a narrativa da tragédia, chorei... E depois, enquanto lia todo drama do Guto, o esforço sobre-humano dele em não desistir, por ter algo além de suas forças, além de suas condições físicas em prosseguir, por ter, junto dele, uma lembrança do amigo... Ahhh... Aí, deixei totalmente a vergonha de lado e chorei copiosamente na poltrona da livraria... Fui continuando, bebendo de cada palavra! Tinha horas que me dava vontade de parar e reler, e o fiz algumas vezes! Fui chegando ao final e, ao chegar na parte onde se lê a carta que o senhor José Luiz Alquéres enviou por e-mail, despenquei a chorar! Que sensibilidade! Que prêmio era para o Guto poder beber as palavras de gratidão de alguém que conhecia tão bem aquele amigo que ele havia perdido, tão precocemente! Interessante é que quando um gesto destes do tamanho que é o que o Guto fez, invariavelmente ocorre uma inversão curiosa. Aquele que planeja e faz o gesto por outro, recebe numa porção infinitamente maior o bem que fez, de volta! São os anjos que acontecem nas corridas! O Guto quis fazer uma forma de anjo pra seu amigo Felipe, Uma última homenagem. Se pudesse, correria com ele em qualquer uma das provas por aí pra lhe ajudar a baixar os tais segundos que o impediam de ser um sub-3! Mas naquela circunstância, o que lhe ocorreu foi colocar o chip do amigo e correr. E olhe: na chegada, ainda lembrou de passar o pé do chip do Felipe primeiro! Ele pensava que seria um gesto ao seu amigo. Mas no final das contas quem recebeu o anjo foi ele...
Li as últimas linhas com aquele nó gostoso de choro que explode quando algo mexe muito com a gente! Típica explosão que muitos têm, ao concluírem uma maratona, ou vivenciarem algo excepcional em sua vida. Folheei as fotos, visualizei cada um dos personagens, viajei no tempo. Folheei as últimas folhas, li rapidamente o desfecho, o feed-back feito. E li e engasguei-me com uma frase que fecha o livro. Aquilo que se um corredor, após todos os km que rodou não conseguir assimilar, jamais compreenderá o sabor de uma vitória ou jamais enxergará o porquê de correr. “Nesse momento, tive a certeza de quem havia sido o grande vencedor do Desafio do Portuga”... Creio que isto explica e fecha a polêmica do que é ser, de fato, um vencedor, do que é ser, em essência, um maratonista, do que é ter na veia sangue que corre verdadeiramente (a dupla interpretação é proposital!)! Não se mede em segundos a vida de um homem. Não é a quebra da barreira de segundos que faz de um melhor e de outro pior. Mas aquilo que o motiva! Fica aos que não leram o livro a provocação: ler e descobrir quem foi o vencedor. Não é tão simples como a matemática, lógica e exata. Dependerá do ponto de vista! A sua conclusão pode ser surpreendente! E, finalmente, fazer com que descubra o verdadeiro sentido de viver e correr...
Em tempo, é infinitamente imprevisível como as pessoas podem passar ou entrar em sua vida de uma forma a fincarem marco, serem um divisor de águas! Não conheço pessoalmente o Ricardo! Acredito que na maratona de minha cidade, o verdadeiro palco de tantas coisas que estão brotando e mexendo com as pessoas, muito além dos treinos dos 42, 195km poderei, finalmente, conhecê-lo! Mas a cada instante podemos decidir em dizer ou fazer algo ao outro que modifique seu rumo! De fazer a diferença! Creio que o Ricardo seja destas pessoas que não deixam barato quando o tal cavalo branco passa! Explico: a oportunidade! Pois existem certas peculiaridades que diferenciam as pessoas e que nas palavras sábias do senhor José Luiz Alquéres “gestos de camaradagem e cooperação são os que mais distinguem a espécie humana de todas as outras”. Ao responder um pequeno comentário que postei em seu blog, nasceu uma conversa que, despercebida, morreria rapidamente não fazendo diferença nenhuma. Mas que ao cruzarem com pessoas feito o Ricardo fazem os cavalos pararem e darem carona aos que ousarem o trote, a cavalgada. Montei o cavalo. Aceitei o desafio. Li o livro numa sentada! Num sub-4!!! E, agora, estou tentada a correr atrás de outro grande sonho meu... Que pode, plagiando o Sérgio Xavier filho, autor do livro, parecer ser sobre corrida, porque fala de corrida. Mas que vai falar de gente. Porque a corrida, bem, a corrida é meramente mais um palco onde a vida acontece...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nunca é tarde pra se sonhar. Nunca é tarde pra se atrever a buscar!

Quais são os teus sonhos, hoje? O que você está fazendo para conquistar seus sonhos? Esperando o quê? Aos 100 anos, sem se intimidar nem um pouco, dona Isolina busca o sonho e o encanto do mundo das letras. Tão banalizado, tantas vezes, para quem já o domina, tão fascinante para que o vê com os olhos brilhantes de uma criança que aprde a ler...
Vejam:
http://www.jornaldelondrina.com.br/online/conteudo.phtml?id=1129140

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando o SONHO se encontra com a AÇÃO...

Meu relato a Contra Relógio após ver a propaganda da Maratona de Londrina na página 79 da revista. Enviei agorinha, nem sei se será publicado, mas de qualquer forma, quero relatar aqui neste espaço, também;

“Boa noite Tomaz! Só para te dizer que acabei de abrir minha revista, agorinha, ao chegar em casa e que fui direto ao final para ver o calendário de provas e já fique hiper feliz de ver nossa maratona constando lá...Depois, folheando, quando cheguei na página 79... Puxa! Chorei! Emocionei-me, de verdade!!! Ela está aí! Pra todo o Brasil! Vai acontecer! Pensar que foi um sonho atrevido... Mas que, ao se juntar SONHO e AÇÃO, se fez toda a diferença... Obrigada por todas as dicas que você me deu lá na São Silvestre de 2009, na primeira vez em que eu te procurei pra falar dela e que me nortearam neste sonho recém semeado há questão de duas semanas antes, na largada da corrida de aniversário de nossa cidade e que, posto pra fora, encontrou a pessoa certa que acolheu a idéia e que a viabilizou através de suas atitudes, sua paixão pelo esporte e por sua visão audaciosa em apoiar a realização de um evento deste porte numa modesta cidade do interior, que nem por isso não teria a grandeza necessária para comportar toda a beleza e grandiosidade que envolve uma maratona... Se depender da paixão com que esta prova foi gerada, ela será berço da realização de novos sonhos, palco da estréia de novos maratonistas e um passo exemplar de que vale a pena sonhar e acreditar em seus sonhos. Mas vale muito mais, atrever-se a ir buscá-los. A oportunidade, já disseram, é um cavalo branco que passa e que não volta. O meu sonho em ver uma maratona acontecendo em minha cidade só esta a caminho de se realizar, a despeito de tantos que entortaram o nariz, ou desacreditaram que ela seria levada a sério, porque ele agarrou a oportunidade que passava a sua frente! Eu entrei com a parte do SONHO, mas nosso prefeito entrou com a parte da AÇÃO! Num tempo em que raramente se vê agradecimentos públicos a autoridades políticas, eu gostaria de fazer isto, justamente neste espaço da CR, que foi onde ela foi, lentamente, gerada até sendo divulgada numa primeira tentativa nossa dela acontecer, ainda em 2010. Prefeito Barbosa Neto, tudo vale a pena, quando a alma não é pequena! Pois sonhar, todos podem sonhar. Mas arregaçar as mangas e ir à luta, ou em nosso meio, calçar os tênis e ir pro asfalto, poucos o fazem! Você acreditou na maratona desde o princípio e, só por isso, ela, agora, vai acontecer... Parabéns, prefeito! Parabéns a todos os amigos que incentivaram, torceram e colaboraram para que ela deixasse de ser apenas sonho e viesse a se tornar uma realidade!”

Tudo Junto e Misturado - Primeiro treino coletivo para a Maratona de Londrina

Galera!Saindo o primeiro treino coletivo pra Maratona de Londrina !Sábado às 16h,lago 2,proximo à AAL - Academia ao Ar Livre. Será o "TUDO JUNTO E MISTURADO nº1"...Planos A,B e C pois há gente em polimento pra sampa e uns começando...Ajudem a divulgar!Assim como a prova,vamos começar pequeninhos,pouca galera e crescer...Arrebanhar amigos,desconhecidos e futuros amigos corredores!Lá nos falamos!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Maratonista... ser ou não ser? Eis a questão!

Lendo o blog da Revista contra Relógio
http://revistacontrarelogio.com.br/blogs/corredolatra/
encontrei, novamente, a discussão que eu havia acabado de comentar aqui no blog... sobre o título "maratonista". Inclusive, nos comentários, a polêmica costumeira quando o assunto é este, se fulano ou beltrano tem o direito de ostentar o título de maratonista, devido ao tempo que levou para concluir os 42,195km. Transcrevo pra cá o comentário que fiz, independente da concordância ou não de outros. Ressalto: é MEU ponto de vista!
Bem, antes que a introdução vire nova discussão vai aí o post:

“Bem interessante esta discussão! A propósito, desde que li sobre este assunto numa CR há uns meses atrás, venho pensando nisso!Se me dissessem sobre eu tentar uma maratona há 4 anos atrás, eu cairia na risada pois não imaginaria isso ser possível... Mas a corrida é uma atividade extremamente envolvente e vai de cada um, a dificuldade, os desafios, o PRAZER! Realmente, o tempo com que se conclui uma maratona denuncia se a pessoa "CORREU" uma maratona, ou se "percorreu". A questão, penso, é esta! Pois "medir" o grau de dificuldade ou realização que cada um possui é infinitamente absurdo!!! Estamos falando de seres humanos. E, embora eu concorde que concluí-la num tempo alto significa que se andou, trotou e não se "correu" a maratona, isto não tira o crédito de que a pessoa PERSEVEROU em algo que lhe era extremamente difícil, que dirá, impossível... Pois continuar quando praticamente quase toda a multidão da largada já terminou, convenhamos, tem que ser muito determinado em não desistir... Concordo que muita gente neste meio inscreve-se nas provas, sem saber ao certo o porquê! Vão no vácuo! Na minha opinião, isto é fato, basta olharmos ao redor, o meio das corridas de rua mistura o “banalizar” com o “popularizar”. As provas têm virado um desfile a céu aberto de marcas, grifes que nada se diferenciam de um shopping. Alguns correm por paixão, outros por modismo. Mas é indiscutível que isto colabora para o aumento do número de pessoas que, independente de seus motivos, procuram a prática da corrida de rua. Só uma coisa: e os corredores natos que pulsam corrida em suas veias e que não têm acesso às provas por falta de grana para pagar as inscrições? É o caso deste amigo que o Anderson cita, que supera 50 km brincando... Alguém quer discutir ou duvidar que ele “respira” corrida e que ela faz parte da sua alma?
Bem, penso que o “título de maratonista” extrapola o certificado, a medalha de conclusão, o nome estampado na divulgação de um caderno de resultados. É uma questão de alma, de se ter, ou não, espírito de maratonista, de tê-la como paixão, como algo que o move a buscar sonhos, impossíveis, a cada novo desafio. Há concluintes que terminam com tempo baixo e não possuem este espírito, são apenas rápidos, assim como há participantes de tempo alto que, sentindo todas dores imagináveis em seu corpo, vendo todos lhe ultrapassarem e as ruas esvaziarem, tendo de diminuir o seu ritmo, mais ainda do que já é lento, não param! Seguem! Pois, assim como seu tempo é bem maior que os demais, sua dificuldade também é infinitamente maior... Afinal, são 42,195km para cortar a pé! Sob todo tipo possível de adversidade. E isto, por si só, já é uma vitória!
Quanto aos cortadores e “gersons de plantão” que pensam que dão um jeitinho em tudo e ignoram e debocham dos treinos necessários para darem o melhor de si, bem... este tipo gosta de usar rótulos para se promover em qualquer situação! Do tipo que saem por aí se intitulando sem o serem. Quem é maratonista de verdade, sabe que estes não o são...
Concluo reafirmando um pensamento meu que não precisa ser o de outros, pois cada um é cada um. Para mim a palavra maratonista tem um quê de mágico! Representa um estágio inicialmente inalcançável, algo que nos parece extremamente improvável, lá longe... E que muita gente nos debocha quando deixamos escapar esta nossa ambição de chegar a ser. Por isso, penso que é algo meio sinônimo de utopia, do limite a ser alcançado e que, uma vez alcançado, nos remete automaticamente a outro inalcançável... Basta ver que ao, finalmente, concluir uma primeira maratona, já ficamos com os olhinhos brilhando imaginando a próxima... E se os 42 não forem mais desafio, busca-se a ultra. Então, concluo: Não é a medida em km que determinará o tamanho do seu desafio. Nem o tempo! Não encaro que o cara que vai passear nos 42 e depois sai a se vangloriar seja um maratonista. Mas gosto da idéia de atrelar esta palavrinha fascinante ao sonho que se abraça, ao desafio vencido.
Bem, é isso!”

domingo, 5 de junho de 2011

" 42 asas pra correr uma maratona" - ou como anjos nos levam em suas asas!

Transcrevendo pro blog a Campanha que lancei no facebook: "42 asas pra correr uma maratona". alguns amigos meus ainda não tem o face... então, vou divulrgar por aqui...

Como muitos de vocês sabem, a Maratona de Londrina é, pra mim, um sonho se concretizando! Muitos participaram no momento em que a semente foi lançada, no dia 13/12/2009, a idéia acolhida e SONHO e AÇÃO se casaram pra após 20 meses ela ter data marcada pra acontecer! É meu jeito ser faladeira, talvez meio "sem noção"... Mas foi assim, desta forma espontânea de querer muito uma prova deste porte pra nossa cidade que vesti minha cara de pau e cutuquei aquele que foi o principal responsável por fazer com que ela aconteça agora: o prefeito de nossa cidade que acreditou na idéia, abraçou a causa e deu ordens de darmos a forma a ela. Agora, é hora de ela acontecer!!! E estou, de verdade, muito, muito feliz! Só estou tendo que segurar a barra porque não poderei correr os 42km... São velhas e novas lesões que me impedem de participar da festa queimando asfalto no chinelo, ou melhor, ainda, na sola dos tênis! Por isso, por mais bobinha que possa parecer a idéia, arquitetei uma forma de estar simbolicamente completando os 42km, pois quando a idéia nasceu, imaginei que estaria no meio da galera. Melhor assim, pois se a idéia vingar, será uma forma de mostrarmos que correr não é somente uma atividade para o corpo, mas é sobretudo, um alimento para a alma! Pois no meio dos km que rodamos, levamos pra sempre conosco, pessoas que adicionamos à nossa vida, uns como amigos, outros como conhecidos, mas que de uma forma ou outra, acrescentam flashes e clics que nos enriquecem e mostram que sempre vale à pena quando a alma não é pequena e que todos podem ser um pouco “anjos” no caminho dos outros, levando-nos um pouco em seu coração... Melhor que sonhar e alcançar o sonho é poder desfrutá-lo com outros!
Bem, é isso! Lanço o convite. Aguardo o sim de vocês, compreenderei o não, cutucarei o talvez!!!

sábado, 4 de junho de 2011

Na ponte...

Outro dia, escrevi um bilhetinho pro meu filho... Virou carta... E, cada vez mais, percebo que é escrevendo cartas que volto às origens de escrever com o coração... Falava a ele, do momento que está passando! A adolescência. Não planejo o que vou escrever. Simplesmente, sai! Vem de lá dentro o que falo na hora. Deve haver uma serie interminável de palavras prontinhas pra virem pra fora e que eu não tenho prestado a devida atenção, nem tampouco me dado o tempo que devia pra escrever e escrever...
Veja só: são 2h20' da manhã... Isso lá é hora de escrever??? Justamente, à véspera de eu me propor a voltar a ir pro asfalto, ainda que de bike?
Mas o que eu escrevi pro meu filhão, falava sobre ele estar sobre uma ponte. Momento de passagem. Nem lá, nem cá. Sobre. Vendo coisas acontecerem fora dela, sem poder ir de um salto, numa rapidez pretendida pra viver o que se vê outros vivendo. Sobre vislumbrar o horizonte, mas estar sobre uma ponte na qual, tem que se tomar cuidado pra nem cair, nem deixar de socorrer aquele com quem se cruza neste caminho. Sem passar indiferente aos outros. De perder o tempinho necessário pra dar uma palavra a quem precisa, a mão pra que esta prestes a cair, ainda mais, sendo ele um adolescente que tem amigos adolescentes que passam, também, por este momento de passagem.
Então, me flagro! Estou eu, também, neste momento de passagem! Acho que a etapa passada, eu dei um baita pulo, pulei etapas e saltei direto do vale pro alto de uma montanha tão cobiçada. Num período muito curto de tempo, de caminhante, virei maratonista. Em 2006, eu nem caminhava. Foi em maio que comecei a comparecer no lago, bater ponto, olhando com admiração os corajosos corredores... Um ano depois, arrisquei os primeiros trotes! Levei quatro meses pra dar uma volta no lago... E um ano depois fazia a primeira meia maratona. E depois de mais um ano, a primeira maratona. Comparo isso com algo como ter tomado um impulso daqueles, tipo jump, estilingue que te jogam de uma vez lá pra cima. Daqueles brinquedos de parque de diversão que eu sempre adorei e que dão uma adrenalina daquelas! Quando eu me dei por mim, tinha percorrido os tais 42,1956km... Dio mio! Como é que eu aguentei? Tenho uma frase que gosto muito; "Quando as pernas não puderem mais, deixe o coração levar..." Pra quem treina pra uma maratona, sabe que a cabeça é o equilíbrio, é o que manda e não deixa a peteca cair. Se a gente não tiver trabalhado bem a cabeça, todo um belo trabalho técnico pode ir por água abaixo, como barco de papel... As pernas têm que estar treinadas, é fato! Mas depois de umas horas, sejam duas, sejam quatro ou seis, as pernas apenas repetem um movimento mecânico de "umpassooutropassomaisumpassomaisumoutro"... Corremos no "stand by"! Quase numa mecânica tão automática que se um mosquito entrar na frente, ser perigoso tirar o nosso ritmo e nos atrapalharmos tanto que o fluxo é bloqueado e dar pane... É exatamente aí que entra o que chamo de "chama" que vem lá de um profundo da alma que cérebro nenhum compreende! É a hora do coração entrar em ação! É isto que empurra gordinhos, ex-cardíacos, "senhorasdonasdecasa", anônimos de todos os gêneros e infindáveis características e tribos a levarem seus “corpitchos” avante e concluírem uma maratona! Concordo com o Tomaz da Contra Relógio quando diz que a maratona, hoje, perdeu um pouco do seu glamour, pois concluir os 42 em 6 horas é algo muito mais viável e palpável. Em tempo, racionalmente falando, é correr os primeiros 21 em trote e prosseguir caminhando em passo largo e rápido, a 7km/hora. Possível em seis horas, sim! Mas há de se dar o devido crédito de pessoas comuns se permitirem encarar o asfalto, sol, chuva, suor pra irem até o fim dos longínquos 42,195, lá looooonge, como diria o Shrek, naquele pais tão, tão distante... Ter a coragem de se colocar no meio de um mundaréu de gente mais treinada, ser ultrapassada pela grande maioria e, mesmo assim, prosseguir, a despeito de ver as ruas se esvaziando e até ouvir os incentivos ou os comentários de mau gosto do tipo que denunciam que todo mundo já passou e “o que é que você ainda está fazendo ali...” Concordo... Não é o mesmo de nós, também simples mortais, nos submetermos a treinos e mais treinos, km e mais km debaixo de sol e chuva, frio e calor pra fazermos “com decência” uma maratona completamente correndo, sem andar. Mas... Cada um é cada um e a palavra “DESAFIO” para cada um tem uma conotação diferente. A individualidade, graças à Deus, ainda é o que nos difere e faz com que cada um seja especialmente único...
Hoje, por ter ido rápido demais, tive de voltar etapas. Cuidar dos machucados que colhi por ter me empolgado além da conta. Voltei pra ponte! E daqui, aprecio os que estão à frente! Não digo que não queria estar junto. Lógico que queria! Mas todo tempo há algo inédito que se ganha, que somente quem está naquele exato espaço do tempo pode sentir... Não sei se poderia chamar de conformar-me, ou “apacientar-me”. À todo momento, damos de topa com um “muro dos 30” a nossa frente! O obstáculo maior, Aquele que nos parece intransponível! E somente topando com ele de frente que saberemos como agir para transpormos e saborear com prazer a chegada.
Sabe, estou aprendendo que melhor que ter um sonho realizado, é ter desenhado outro, por onde outros poderão passear! Talvez o meu papel neste mundo louco das corridas não seja o de ficar lá no topo dando a mão e as boas-vindas a quem chega, mas seja o de FICAR NA PONTE...