Vamos conversar?

Vamos conversar?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ciclos!

O custo de realizar sonhos depende do empenho em estar com o coração adiante no vasto horizonte e os pés cravados no chão, para que um vôo não seja queda na certa, tiro no escuro, salto no abismo.

Falando em abismo...
Acabei de ver um vídeo de meu amigo XX Junior. Ou Paulo Marins Junior, carioca, escalador, montanhista e sabedor da arte de bem viver. Ver vídeos assim me dá um ar um tanto saudosista... Vontade voltar pras trilhas... Sentir cheiro de mato, barulho de cachoeira, de dentro da cachoeira, avistar montanha à frente e os pés caminhando para alcançá-la! São cenários diferentes. Montanha, corrida, mar, matas. Neles todos, eu me encontro. Neles todos, eu me perco! Paixões levadas IN-TEN-SA-MEN-TE, como bem define minha amiga Rosimere Lima, falando de mim. É o intenso-exagerado que me faz ser muito num algo, num tempo. Por isso, digo, neles, me encontro, neles, me perco. Pois a dose sempre é intensa até uma overdose. Pena, pois depois, o tempo para me recompor do excesso, me deixa fora, distante de coisas simples que gosto tanto...

Voltando ao que dizia no começo, protelo, protelo, protelo e deixo o mais urgente e inadiável para o fim. Mas é hora de não fugir mais. Desgastante, mas necessário, mexer com papéis que se acumulam (Conhecem? Aqueles papeizinhos amarelos que indicam contas pagas em crédito ou débito?), e números que precisam ser juntados, somados, subtraídos para me darem a medida exata de onde estou, como estou, para onde vou...

Muita coisa feita. Semana passada, ainda em férias, fingi que estava na praia e dá-lhe piscina na companhia de novas amigas vizinhas. Acordar tarde, não, porque na praia acordo cedo pra aproveitar o dia. Porque se fosse chato, acordaria tarde pra não ver a hora se arrastar. E como há coisas sempre boas a serem feitas em férias, o relógio fica pequeno, pra tudo o que se quer fazer e a ora vooooooaaaa!!! Agora, com chuva mandada e até frio, creio que o recado ”lá de cima” é: contas! “Acerte logo isso aí, bote ordem pra seguir o ano...” Então, vou obedecer. Que pra sonhar, não basta olhar longe. Tem que olhar bem em volta da gente mesmo, saber onde se está pisando porque dinheiro não nasce de folha de árvore, mas em folha de papel suada e vai embora no vendaval!!!

São ciclos! Tipo: já vi este filme... Aliás, filmes a serem vistos, comprados pras férias, férias acabando e apenas dois vistos, três livros em processo de leitura (tenho de parar com esta mania de começar vários ao mesmo tempo!), contas me esperando, papéis pra serem jogados fora e o sol que está tímido lá fora, querendo dar as caras! Mas como ensinamos às crianças: “primeiro a tarefa, depois a diversão”! Humpt! Tão, ta!

Segue link do mesmo filme há cerca de um ano atrás:


http://clicandoeconversando.blogspot.com/2010/12/cartas-que-escrevi-pra-poder-voltar.html

domingo, 15 de janeiro de 2012

DIA DE DOMINGO

Domingo!!! Dia de descanso! Sábia decisão esta, do Criador em dividir o tempo em sete dias. Seis para trabalhar e UM para descansar... Por que não se render a esta decisão se Ele, Quem criou TUDO reservou este dia para descansar???

Ócio bom! O ócio, geralmente tido como o vilão que impede mentes brilhantes de criarem, cérebros produzirem, corpos se exercitarem que espanta a vontade, faz imperar a preguiça, acima de qualquer boa pretensão de algo fazer. O ócio é perigoso... Atrai, seduz e envolve fazendo minar vontades de sair do ócio. Mas...

O dia de domingo sendo instituído como o “Dia do Descanso”, não teve em nenhum momento em ser o Dia da Preguiça! Este é o dia do NÃO-Trabalho! Não se dedicar ao labor. A fazer algo que vise o ganho de seu pão. Para que fique bem claro ao homem-criatura que se o próprio Deus-Criador reservou um dia onde Ele não necessitaria sair em busca do pão nosso de cada dia, nós, meros mortais, deveríamos reservar um dia para nos reabastecermos de energia. É aí que mora o perigo da interpretação!

De fato, muitos (muitos meeeeeesmo!) dedicam este dia para reabastecerem-se com MUITA energia pra dentro! Dia oficial da comilança! Dia de almoçar na sogra, na mãe, fora, no clube, no pesque-pague, no Restaurante da Roça, Na Comida Italiana, aquela Feijoada famosa, usar os cupons das vendas coletivas... Haja atividade para gastar tanta energia depois... O problema é que no nosso tempo, esta energia não é gasta no labor... Com raras exceções onde se pega no pesado, mais se manda energia pra dentro do que pra fora... E dá-lhe acúmulo de excessos!

Bem, por outro lado, muita gente tem captado o sentido do fazer o inverso no domingo. Ou seja, tudo aquilo que você não consegue fazer durante a semana. Aquela caminhada, ou a corridinha, o passeio no parque, no lago, a pescaria. No mundo da corrida – que diga-se de passagem, conheço bem – é comum programar os longões, aqueles treinos que duram duas horas, três, mas que se o encontro com a turma da corrida incluir o café da manhã na padaria preferida, o horário se estende até o meio-dia. Tudo muito válido. Mas, novamente, corre-se o risco: o exagero!

Há outras formas de se passar o dia de domingo nadando contra a maré do rotineiro nos outros seis dias da semana. Muito trabalho? Ócio puro! Sedentarismo? Campeonatos de futebol com a turma de bola domingão inteiro... Compromissos, obrigações? Todo tido de imprevisto! Mas para não correr o risco de cair no erro comum do excesso, do exagero, da overdose, é preciso estar atento. Focar não somente “coisas a se fazer”. Mas “PESSOAS QUE NÃO VEJO”! Que tal dar uma repassada no domingo com este novo olhar? Vejamos:

 Não que eu seja contra fazer uma boa e saudável atividade física no domingo. De fato! O domingo é ótimo para os longões. E fazê-lo, esporadicamente, não é mal algum! Cafés da manhã interativos. Mas contanto que as pessoas mais importantes do mundo pra você não fiquem SEMPRE de fora nas manhãs de domingos!
 Almoços no domingo? Perfeitos! Desde que o foco não seja a comida. Mas com quem se está ao se almoçar no domingo. Prestar atenção nas pessoas a sua volta, em suas conversas, em suas carências, dispensar atenção a elas. ESTAR COM ELAS!

Penso eu, então, que deixamo-nos engolir pela febre do fazer-fazer-fazer e, ao tentarmos fugir disto no dia de domingo, nos corrompemos ao procurarmos “outras coisas” ao invés de buscarmos estar com quem temos tão pouco tempo para estar junto durante a semana. Pensou nisso? Boa oportunidade para devolver aos almoços de domingo o sentido de ver a mãe, ou o pai que não se vê, por as conversas em dia, dar atenção aos pais, filhos, irmãos e à família. Combinar um pic-nic, um pastel na feira, um suco na padaria, um come-e-bebe após o treino com a família. Qualquer coisa. Não importa! Seja comendo, correndo, em casa, no parque, no lago, no clube, em casa, o quê fazer, ou o lugar são apenas pretextos para se estar presente com quem é mais importante na vida da gente!

sábado, 14 de janeiro de 2012

VENTANIA LÁ FORA – REVOLVENDO CÁ DENTRO!



Saí de manhã. Na verdade, já era passado do meio-dia. Manhã é relativo! É a hora em que você acorda e sai. Madruguei escrevendo. O silêncio da noite me instiga a escrever... É a hora em que me encontro comigo mesma, fujo de tudo, estou a sós com meus pensamentos, navego sozinho no meu mar... Isto reflete em perder boas horas da manhã de um sábado de férias para compensar as horas de sono pedidas. Mas, rebelde à chuva que teimou em cair, uma vez mais, não me importei em trocar a noite pelo dia e ter uma manhã preguiçosa e tardia.

Juro que até pensei em sair pra uma caminhada. Se fosse em meus tempos de treinos pras minhas corridas malucas, com planilha a seguir, com certeza, horário não seria problema, nem chuva, nem frio. Melhor dizendo, nem frio, ponto. Nem chuva, ponto. Mas ambos juntos... É de doer. Mas, disciplinadamente, enfrentei, enquanto a corrida era o meu maior objetivo. Enfim, ensaiando pra uma caminhada matinal-tardia, ouvi a chuva caindo. Suficiente para decidir-me a afinar outro sentido! LEITURA! Boa pedida! Ainda mais para alguém como eu, que muito fala, pouco escuta, tanto escreve, menos lê.

Folheei, então, revistas periódicas. Pus meu cérebro intelectual em dia! Bom, também. Sinto-me um pouco burra, juro, quando faço isso! Vejo o quão alienada me faço, na maior parte do tempo. Desilusão, descaso, indiferença ao que se sucede ao meu arredor. Definitivamente, não gosto de ler, ouvir notícias de sempre. Mudam os nomes das tragédias, repetem-se as cenas. Cansa-me isto! Então, numa atitude, assumidamente, alienada prefiro nem me inteirar do que se passa por aí. Mas não são apenas estas notícias que acho nas páginas. Entrevistas, opiniões bem fundamentadas de gente que pesquisa e estuda um determinado assunto. Li sobre a opinião de Steven Pinker, um renomado pesquisador, quase excomungado por suas opiniões de que a violência no mundo tem diminuído. Pois parte do princípio da proporção ao número de habitantes na Terra. Tece seus comentários sobre o holocausto, sobre o conceito de violência, sobre a participação de pessoas comuns nos grandes genocídios, a mando de sociopatas e que tem muito mais responsabilidade do que os próprios mandantes! Pois por obedecerem seus conceitos de estarem buscando um “bem”, exterminaram nações... Li estarrecida sua linha de raciocínio! Fazia sentido o que ele falava...

Então, me embrenhei nas palavras de uma velha e boa conhecida colunista a qual conheci em um livro que ela discorria sobre “Perdas e Ganhos” – Lya Luft! Deleite puro! Sábias palavras! Como pude apreciar, na maioria das vezes em que me deparei com seus textos e absorver de seu discurso. Seu tema era as palmadas proibidas por lei e a incoerência deste atrevido e incoerente olho fiscalizador dentro de nossos lares! Bem apropriado a uma sociedade que se permite ver e acompanhar um programa no estilo BBB... Deprimente! Pois diverte-se ao bisbilhotar invasivamente o dia-a-dia de pessoas que, na verdade, se submetem a este bisbilhotamento. Mas e o que dizer deste “olho” invasor, fofoqueiro e intrometido dentro de nossos lares? Como pode uma nação se permitir a isso? Deixar que leis definam arbitrariamente e generalizadamente que uma criança não deve receber uma palmadinha educativa ou corretiva?
Os políticos jogam num mesmo saco podre a palmada, o soco, o murro, o espancamento. Como se apenas o contato físico detivesse o poder de agredir! Esquecem-se que há crianças, diariamente, sendo agredidas pela indiferença, pela ignorância, pela ironia, pelos maus tratamentos da falta de contato –carinho, por palavras que ferem muito mais do que um murro esbofeteado no rosto! Políticos despreparados, que têm como meio de vida e não de vocação política e de ideal e vida o seu papel e que votam apressadamente, sem critério algum, sem atentarem para o que isto pode implicar na formação de caráter, artigo de luxo e em falta, hoje, nas escolas, nas empresas, na rua, nas casas. Falta ética! Falta bom senso! Falta ter o que fazer e em que se preocupar! Falta de fazer valer leis que já existem e que poderiam coibir o errado e o mal. Falta inventar menos e fazer mais...

Foi um deslumbre. Uma refeição reforçada que há tempos eu não me permitia! E me aponta uma incoerência. A leitura de escrita numa tela colorida de computador, notebook, tablet, ou outras engenhocas tecnológicas, não substituem a leitura da escrita em papel! Pois de tão ampla a possibilidade de se acessar as mais variadas janelas no computador, abrem-se todas possíveis, de redes sociais, de jogos, de futilidades e curiosidades. Mas não se faz a leitura de notícias , pesquisas, ou coisas que nos acrescem. Baita incoerência!!!! Somos uma nação informada tecnologicamente, que se inteira do que se passa com pessoas adicionadas como amigos, conhecidos virtualmente, sobre o que fazem a cada clique, mas que carece de informações da sua mais próxima realidade...

Abastecida de tantas informações, saí para um passeio com minha irmã. Pus-me na rua pra ir encontrá-la. E, de cara com o vento, este velho e bom amigo vento, eu tive aquela minha tão conhecida sensação que se vê tão bem caracterizada num filme que menciono tanto: Colcha de Retalhos! Sinto-me envolvida por aquela rajada de vento que me pega e me leva. As velhas folhas voam... O que começa como uma leve brisa vai ganhando força, tanto quanto é necessário para levantar o pó, a poeira, folhas que registravam as inúmeras tentativas de desenvolver a sua tese de pesquisa. Palavras jogadas ao vento! E que o vento se encarregou de levar embora... Como se eu reencontrasse um velho conhecido, sorrio! Deixo-me levar pelas ruas! Sinto a alma sendo lavada a seco! Ao vento! As sensações são várias. Vento que lembra praia, que lembra morro, que lembra montanha, que lembra vôo de parapente, que lembra barco, que lembra carro de janelas escancaradas, na estrada, com música alta, que lembra viagens, que lembra saudade, que lembra infância, que lembra sorrisos, que lembra lembranças...

Um dia pra revolver lá dentro! Como faz o vento que nasce lento e se torna forte ao prosseguir e ir. Hora de abanar a toalha da mesa, de bater o tapete da sala, de remexer o que se acomoda na casa! Há tanto, ainda a se ver e se viver...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O primeiro movimento

Como é difícil o primeiro movimento. A não ser em jogadas ensaiadas, já estabelecidas e decoradas, como no jogo de xadrez, onde as jogadas mais conhecidas são nomeadas e copiadas por aí afora, em seqüência, ganhando os nomes dos jogadores que as criaram, o primeiro movimento é sempre difícil de fazer. Traduzindo: sair da inércia, seja ela sobre qualquer coisa que seja, é difícil...

Entra aí, justamente, a comparação! Repetição ou criatividade? Por isso, indivíduos criativos estão sendo cada vez mais valorizados, pois sabem lidar com o imprevisto, o inusitado, buscam soluções, não se acomodam e não se conformam, simplesmente. Fazer algo mecanicamente é muito mais fácil, pois envolve apenas o esqueleto que já está adestrado para fazer algo, sem envolvimento nenhum. Pensar, decidir e fazer algo novo intimida.

Há várias situações em que se precisa dar o primeiro passo. As decisões de virada de ano... Alguém se lembra delas???? Hã???? Já estamos no décimo segundo dia do ano e muita gente por aí já se esqueceu das promessas de ano novo... E vai empurrando pra frente, quem sabe pro mês que vem, pra aproveitar as férias sem obrigações e, depois, adia por causa do carnaval, pois afinal, no Brasil, quem é que começa a trabalhar, de fato, antes do Carnaval, hein?

Adiar decisões, postergar atitudes, empurrar só mais um dia é uma atitude covarde. Não resolve o problema. Não diminui. Só aumenta. E, pior: deixa pesado o ombro de quem protela tanto a fazer o que tem que ser feito! Porque, no fundo, no fundo, todo mundo sabe muito bem do que sua vida carece. Qual é a coisa a ser feita. Desde um regiminho, ou dieta, se for mais bonito e eficiente o nome, a poupança, a arrumação, o fim do relacionamento, ou o início de um, nomeando-o como lhe é de direito, tipo: NA-MO-RO, num tempo onde tantos relacionamentos começam sem nome e vão indo, sem saber exatamente o que são um pro outro. A propósito, aí reside uma boa solução para muito problema! NOMEAR AS COISAS! Pois o hábito de nomear o que se faz, o que se é, o que o outro é pra você, o que se precisa fazer já é um PRIMEIRO PASSO!

Bem, sendo assim, entramos num velho dilema e que muita gente vem resgatando para poder se organizar e tomar as atitudes. Sair da inércia e entrar em ação! O velho papelzinho de bloco, a caneta esferográfica e... Listar! Sim! A velha e boa LISTA DE COISAS A SE FAZER! Bobagem? Bobice? Pode parecer... Mas funciona! Poderia dizer que quando há coisas a serem feitas, dependendo se forem muitas, ou se o tempo que vem sendo protelada for muito grande, o corpo da gente, leia-se cérebro/corpo/alma paralisa, foge e deleta a página para não fazer. E o ato de listar estas coisas traz para a esfera do concreto, do visível aquilo que precisa ser feito. Estabelecendo prioridades, enumerando o que vem primeiro, o que depois, localizando os lugares, você vai visualizando como fazer e fica pronto pra, enfim, dar o primeiro passo!

Quando comecei este blog, lembro-me que o título de meu primeiro texto foi “O Bife que se deixa por último no prato”.
 Era uma menção ao costume que tanta gente tem de deixar por último no prato, aquilo que for o mais gostoso. O sabor mais agradável da comida para ele ser prolongado na boca por mais tempo... Para finalizar a degustação com aquilo que mais se gosta. O melhor no final! Não muito diferente disso é esta mania de protelar com o que deve ser feito. Com certeza, é sempre algo que dará muito trabalho. Mas, na mesma proporção, o prazer de concluí-lo, de acabar com o problema é imensamente maior do que a apatia de não dar o primeiro passo para acabar com ele! Isto deve ser levado em conta!

Bem, nos últimos dezesseis dias tenho escrito diariamente no blog “Diário de Porto”.
http://cartasparaquemeuamo.blogspot.com.br/?m=1
Muitas vezes, começo a escrever e conforme as palavras vão indo, o rumo tomado, acabo postando no meu outro blog “Clics”. Hoje, por exemplo, foi assim. Ia escrever a carta para minha filha, pois foi um propósito que assumi de escrever uma carta por dia para ela, enquanto ela estiver em viagem. Uma forma de dar colo estando longe. De manter nossas conversas em dia, ainda que a leitura não aconteça todo dia. Mas que o “passar um tempo” de mim para ela aconteça DI-A-RI-A-MEN-TE... Isto é o segredo! E este propósito me faz ter força, vencer o sono para vir e escrever. E sei que lá longe, ela saber que todo dia eu lhe escrevo, a faz sentir-se mais aconchegada no meu colo, sentir o quentinho do porto seguro pra onde ela pode voltar e ter a certeza de que estamos CO-NEC-TA-DAS! E conexão, sintonia significam ao pé da letra: ligar um ponto ao outro, procurar a freqüência, o canal por onde a comunicação se fará melhor e facilitar a comunicação entre o ouvinte e o locutor. Manter acesa a luzinha do “ON”...

O passo que tanto protelo é um. Velha lenda, velha novela... Por as contas em ordem! Oito ou oitenta, do jeito que sou, tenho uma planilha no Excel complicadíssima, mas completíssima que eu fiz, onde, preenchendo os campos freqüentemente, no lugar certo, terei discriminado, detalhadamente os meus gastos, o orçamento mensal, a previsão anual até mesmo com a porcentagem que representa cada um dos gastos. Se fosse só uma continha simples de mais e de menos, tipo: quanto ganha, quanto gasta, numa lista comprida, sem tantas fórmulas, sei que ia mais rápido. Mas ainda preservo a planilha, pois sei que ela me fornece exatamente aquilo que eu preciso, se for completada. A demora é maior. Mas a eficácia também. Parecido com “quanto maior o trabalho que dá, maior é a satisfação de ter cumprido”. Ou, pra quem entende a linguagem de corredor, a diferença da realização de se completar os 10, os 21 e os 42. Quanto pior, melhor...

Pode ser que a chave seja eu não querer fazer tudo de uma vez, numa sentada só. Demora! Então, ser mais flexível é um caminho. Dar o primeiro passo. E dar um passo de cada vez!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

RE-leitura, RE-descobrir, RE-conhecer!RE-descobrindo-ME

Pois é! Portas que se fecham sempre nos levam a portas que se abrem e que não enxergaríamos, se o desvio não fosse colocado na cara da gente! Verdade absoluta!

Férias tornou-se sinônimo, para a maioria das pessoas, de “fazer aquilo que não dá pra fazer quando não se está de férias!” E ponto! E isto sempre que possível, significa sair da rotina, da cidade, da mesmice. Pra muita gente, sei que significa fazer aqueeeeeeela faxina! Pra outros, por papelada, armários, contas (...) em ordem! Arrumações – as externas! Que nada mais representam do que toda a arrumação interna necessária na vida da gente...

Também, associamos sair de viagem... Ahhhhh, sim... E aí, sendo possível, bota-se o pé na estrada em busca de ares e lugares diferentes daqueles que se enfrenta no dia-a-dia. Justo! Adoro! Não há nada que me agrade mais do que VI-A-JAR... Ainda hoje, falei isso. Que meu pai não me deixou herança. Mas que a herança que me deixou é um grande tesouro que herdei e sei que repassei: sangue viajeiro... Pé que vai no automático pra estrada... E, com isso, férias pra mim, desde que tomei a decisão de por o pé na estrada, tornou-se inseparável de estar em outro lugar!

Acontece, porém, que neste ano fiz uma opção: ter um lar! E estas coisas não acontecem, no meu caso, sem algum sacrifício! Isto se lê: “não viajar!”. E pela primeira vez, depois de muitos anos, passarei as férias inteirinhas sem nenhuma escapadinha da cidade! Pois sempre que eu dizia que a grana estava curta pra ficar o mês inteiro em Bombinhas, eu dava um jeito, meus pulos e ia pra ficar, nem que fosse uns dez dias...
O que aconteceu, então foi o seguinte: adotei a filosofia de vida de “Fazer de conta que estou na praia – diga-se: Bombinhas! E isto tem rendido cenas engraçadas!

Já de cara, determinei em casa que neste mês, almoço só lá pelas três horas da tarde! Que se na praia é assim, a gente não liga pra almoçar na hora certa, porque aqui, em férias, temos de ligar? Segundo: roupa de trabalho só em fevereiro! Agora, adotei o estilo praia: chinelo, ou CROCS (óbvio!), shortinho, pouca roupa e roupa fresca, muita piscina, lago a qualquer hora e pra todas as finalidades, desde correr, caminhar de tênis, de CROCS pra P-A-S-S-E-A-R e contemplar a paisagem, as pessoas que passam, descontraidamente sem estalar os olhos no desespero de correr-correr-correr, desacelerar (Viu? Consigo!) e zanzar na minha própria cidade sem pressa com olhos novos de RE-leitura, RE-descobrir, RE-conhecer!

Interessante... Passar o mês de janeiro na minha cidade me faz vê-la sob ângulos que não costumo ver! Cidade vazia. Lago cheio. O mesmo céu azul-azul de manhã que se torna um céu mais nublado a tarde e chuvoso que tenho lá na praia, tenho tido aqui. Coincidências a parte, é uma questão muito mais interna do que externa o usufruir a cidade nas férias. Fato! É só se livrar das amarras de fazer-fazer-fazer DENTRO da casa. Tudo bem que há coisinhas a serem feitas... A faxina, a arrumação anual, a busca de coisas perdidas na casa o ano inteiro... Mas é preciso por o pé pra fora de casa, fora da rotina do trabalho-casa! Até, também, do trabalho-casa-academia-rua-treino tão comum no nosso meio alucinado da corrida! Bem conheço este ritmo/rotina. Que de lazer passa a ser uma rotina camuflada de prazeres/obrigações para se chegar as metas que nos impomos pela corrida.

Penso assim: férias = descompromisso = desobrigações = liberdade de ir-vir-fazer-não fazer... E comemoro o meu primeiro e grande passo em direção a conseguir me manter num “meio-termo” ou aquele “meio do corredor” a que tanto me refiro sobre não ser tão extremista, tão radical, nem tanto lá ou cá, mas ser equilibrada! Veja só! Do correr demais, do ficar sem correr nada, nadinha por oito meses (pra me restabelecer) dos meus excessos e apatias, tenho passado a semana com doses na medida de ócio, atividade, intensas, médias, a passeio! Inédito pra mim! Querendo abraçar tanto coisa ao mesmo tempo, desacelerando, e abrindo mão de alguns itens pensados para o dia, diminuindo o ritmo, o tamanho do braço e terminando o dia, após uma “nadadinha” ótima SAUDÁVEL com uma “passeada” de blusinha/sainha/crocs, sem o risco de quere sair correndo pelo lago...

Hummmmmm.... Senti o gostinho bom do estar no meio do corredor... Sem excessos... Sem privações... Saboreando sabores diferentes, aprendendo novas coisas num lugar que me parecia ser tão conhecido e esgotado, sem nada a me apresentar de interessante nas ferias...

Bem, a experiência tem sido nova e interessante. Pra vivenciar que nem sempre o que se busca esta tão longe assim... Que proximo, muito próximo, pode estar aquilo que você precisa...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cheiros de Infäncia


Passando ali pelo lago, na volta de uma corridinha beeeeeeem light ( não mais do que mínguos 3km, com suor e na raça!), caminhando de boa, senti um aroma mui familiar... Eucalipto molhado! Na hora, as lembranças me remeteram à minha infância de pic-nics em meio a árvores, aos nossos domingos passados no Clube de Campo de Café (quem se lembra?), localizado às margens do Rio Tibagi, próximo à ponte entre Ibiporã e Jataizinho.

Se há uma coisa que mexe fundo na memória do coração é o tal cheiro! Por mais engavetada que uma coisa possa estar, se estiver ligada a um aroma e ele vier à tona, pode saber, a lembrança vem a galope!

Quer ver? É só experimentar! É fechar os olhos e pensar: comida de vó, perfume de alguém especial, pãozinho fresco da padaria, cafezinho passado na hora, mar/maresia/praia, terra molhada, eucaliptos molhados... Cada um tem em sua memória do coração, armazenados cheiros que ao serem cutucados, vêm trazendo um filme junto!

É interessante observar que o cheiro sentido em qualquer que seja a época, têm o poder de resgatar aquilo que parecia engavetado, esquecido, são estas cenas que ficam ali latentes, adormecidas, mas que saltam faceiras nos fazendo passear no tempo, sorrindo e lembrando o tempo que já se foi!

Somos uma incógnita! Nem nós mesmos sabemos o que ocultamos... As nossas entrelinhas abrigam histórias, nossos cheiros, lembranças, e nossos olhos podem passear por linhas invisíveis que somente eles são capazes de enxergar...

Com certeza, da Europa minha fiha trará cheiros na lembrança! Das comidas todas que experimentou, dos lugares por onde passou, dos parques, das árvores, das pessoas que conheceu... Daqui, é possível que tenha levado cheiros também! E que se sentir la, a remeterá aos lugares onde sentiu! Cheiros têm um quê de mágicos! Invisíveis que são, nos transportam pelo tempo e espaço aos lugares distantes ponde os perfumes e aromas emanaram-se nos ares.

Tenho cheiros da infância! Eucalipto molhado, comida de vó, pãozinho fresco da padaria, perfume de quem se amou, cafezinho passado na hora na casa da amiga, o mar de Bombinhas... Quais são os seus???

Diário de Bordo de Duas Cabeças de Cãimbra - o diário de viagem de miha filha!

Hoje, uma postagem diferente...

Ao invés de falar dela, vou postar o link dela! Divertidíssimo!
Acordei disposta a por os escritos em dia, mas hoje, estou só absorvendo... LENDO!!! As aventuras e desventuras de "Duas Cabeças de Cãimbra", como ela mesmo disse...
Esntre "mouses on the room" em plena Londres, entrar no busao sem libra... muitas e muitas historias pipocando!!! Nada como por o pé rpa fora de casa, pé na estrada, olhos mirando e buscando o horizonte...
Com vocês, Giovana Saito e Leticia, duas cabecinhas sonhadoras em suas aventuras!!!

http://gisaito.blogspot.com/