Vamos conversar?

Vamos conversar?

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Sorria! Você NÃO está sendo filmado!


-Boa tarde!

(Cara de oi?)
Insisto com um sorriso:

-Boa tarde! Ninguém mais fala boa tarde, né?

(Com um sorriso tímido, meio desconsertado)

-Boa tarde!

E o senhor, já um pouco mais à vontade, assentiu com a cabeça o que falei.

-É, hoje em dia quase não se ouve boa tarde…

Esperávamos o sinal abrir para o pedestre. Era uma avenida bem movimentada, uma das principais da cidade. Estávamos no canteiro central, em meio à confusão de abre sinal pra uma pista. Fecha pra outra. Brinco com ele sorrindo:

-O senhor assustou? Hoje em dia quase ninguém mais fala bom dia, boa tarde, boa noite, né?

Já mais animado com a conversa inusitada, pego de surpresa, emendou:

-Verdade. Trabalhei 27 anos naquele prédio (aponta para o prédio a 50m da gente) e ali tinha moradores que nunca me deram bom dia!

-As pessoas foram perdendo o costume da boa educação, né!

Indico a ele que o sinal abriu e atravessamos juntos.

-Como é o nome do senhor?

-Rubens. E o seu?

-Susi.

Ele repete alguma coisa parecida com o meu nome e eu falo devagar e brinco que é o nome da boneca. Aquela velha história do meu nome. Que puseram este nome porque queriam o nome de uma boneca…
Ele ri, entende e não esquece mais o meu nome. Me conta que está indo renovar o seu cartão de “idoso”!
Abro um sorrisão e despeço-me dele.
Ele me acena de volta com um sorriso largo no rosto!
Saio com um gostinho feliz no coração…

Mais dois quarteirões e um senhor de colete refletivo “laranja cheguei”, sentado numa cadeira cedida, ao lado dos carros estacionados que ele está cuidando.

-Boa tarde.

Falo caprichando no sorriso e recebo de volta:

-Boa tarde, jovem!

Nossa… Como é bom, como faz bem receber boas tardes! Ouvir de volta junto de um sorriso a cordialidade de um bomdia, boatarde, boanoite…
Saio flutuando dali! Ainda mais com o acréscimo do “jovem”. Eu, uma cinquentona!

Já estava feliz caminhando, agora estava quase saltitante de mais feliz!
Vou o caminho todo pensando. Tão pouco faz feliz! Gestos minúsculos que duram segundos. Faz bem ao outro. E nisso, faz um bem pra gente de volta que nada comprado comparado, é capaz!

Viagem no tempo. Lembro dos “bons dias” que eu disparava quando comecei a caminhar no lago! Era uma brincadeira premeditada minha, quando me propus a caminhar todos os dias. Passar por cada um e dizer bom dia! Num baita sorriso! E receber de volta, fosse o que fosse e no outro dia, de novo, disparar “bons dias”!

Uns se assustavam e ficavam mudos. Uns me olhavam com cara de espanto. Outros arregalavam o olho e balbuciavam algo parecido com um “bom dia” meio sem som, por puro desuso. Alguns poucos, de primeira respondiam “bom dia” e outros tantos sorriam simpáticos e me respondiam “bom dia” quase numa melodia!

Secretamente, eu me divertia. Como era diverso este mundo interior do ser humano.

Retorno dos meus pensamentos, me vi na mesma situação. Continuei por todo caminho até minha casa disparando meus “boas tardes” e vi a mágica. O bem atrai o bem! Sorriso desarma cara feia e provoca sorrisos!

Alguns demoravam mais a se desarmar. Mas com o passar do tempo, todos passavam a ser rostos conhecidos do meu e eu deles. E passei a ganhar inúmeros sorrisos por dia naquelas caminhadas matinais! É nesta tarde de tantos "boas tardes", sorrisos provocaram sorrisos recíprocos!!!

Olhe só o que somos capazes de provocar! Têm ideia da dimensão? Aquilo que disparamos, recebemos de volta...
E se, ao invés de caras feias e grunhidos, déssemos bom dia, boa tarde, boa noite com o mais largo dos sorrisos?

Sorrir é um bem que se distribui ao longo do dia. De graça, faz graça e faz leve o caminhar…

Que tal tentar?

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Cortando a corda


Hora de acordar.
Um pesadelo. Um verdadeiro pesadelo o tempo vivido.
Abro os olhos e vejo a cena e não acredito!
É mesmo verdade. Estou a beira de um precipício, dependurada na parede e coisas não programadas aconteceram.

Estamos todos exaustos! Não há mais força nenhuma a buscar para lutar contra o imprevisto.
Fomos inconsequentes e quisemos correr o risco. E o risco veio cínico a quem foi cínico com ele…

Fechei os olhos por instantes que pareceram uma eternidade. Tentei fechar para acordar do pesadelo e abrir e ver que era tudo mentira! Abri e estava tudo aí do mesmo jeito esperando minha decisão.

Como fomos chegar a isso?
Por que foi que quisemos brincar de fazer de conta que não acabaria assim?
Fomos escalando, escalando e não imaginávamos chegar tão longe. Nós nos empolgamos sem medir as consequências.
Ostentamos a bandeira de que “tudo vale à pena se a alma não é pequena”. E descobrimos na dor que isso serve para quem empaca e não consegue sair da inércia. Que deve tentar viver. Mas quando se trata de pôr em risco o viver… Não. Não é tudo que vale à pena…

Parece cena de filme. E, em questão de segundos, meu pensamento viaja e penso que vi esta mesma cena num filme.
Uma corda, duas pessoas.
Uma fica, a outra não.
É possível termos nos metido numa encrenca tamanha destas?
É isso. São duas pessoas numa corda só. A corda não é capaz de suportar as duas. E é preciso escolher qual fica e qual vai. Vai à queda.

Então eu pergunto: isso é mesmo um assassinato? Cortar a corda para uma morrer? Não seria um sincero ato de braveza dar a chance de uma delas viver? Pois se ambas permanecerem na corda, ambas irão morrer. E elas sabem disso.
Se não escolher cortar a corda enquanto é tempo vou assistir as duas caírem junto de uma corda que não pode mais suportar as duas. É preciso escolher.
E se elas pudessem escolher cortar a corda? Cortariam?

Na corda, sou eu dependurada junto àquilo que não consigo deixar ir. A escalada foi boa. Realmente boa! Tudo o que foi visto ali da parede, visto assim como o que nos acompanhou nesta inconsequente escalada, seria boa desculpa para se dizer que valeu à pena. Será? Porque agora percebo que trazia junto de mim, um peso extra. Um peso desnecessário. Um peso que se eu continuar a insistir em levar comigo nesta escalada que já passou da metade e em algum momento chegará ao fim, me custará minha vida!

Eu preciso cortar a corda! Senão, serei eu a sucumbir com ela. Um assassinato para não ser um suicídio consentido.

Hora de cortar fora o peso extra!

Na corda, um será sempre você. O outro sempre será aquilo que te amarra, que te puxa para baixo, que não te faz nem andar, nem evoluir. Que te faz pender porque te prende. E que te aprisiona sutilmente e egoisticamente porque não solta a corda para você ir!

Pode ser algo que você ainda acredita. Ou alguém de quem você não desistiu. Um emprego, ou desemprego. Um amigo, ou desamigo. Um amor ou desamor. Pode ser que seja o sonho que acreditou e virou um pesadelo. Ou tudo aquilo que acreditou e acabou. É o que você resiste a deixar ir.

Cortar a corda pode ser a única coisa que pode te salvar de continuar a ficar dependurada numa parede sem contemplar à volta, a vista linda e mirar o topo para chegar sã e salva ao fim…

Corte a corda.

domingo, 28 de maio de 2017

Ciclos! Do ninho, às asas, ao vôo...



Há o tempo em que, ninho cheio, olhos atentos, asas amplas e protetoras, mantemos sob elas, nossos filhos e contamos-lhes histórias para que encham seus olhinhos de curiosidade, sede da busca, fomente-lhes sonhos expressos no brilho típico de quem tem todo o horizonte à frente.
Chega o tempo em que ensaiam seus primeiros voos. 

Chega o tempo em que voam.
Chega o tempo em que retornam ao ninho...

Meu  primeiro pássaro, uma gaivota,  partiu há sete anos e meio. Deixou vazio seu espaço no ninho, distribuiu e colheu histórias!
Caminhou e parou quando necessário. Recobrou forças quando se sentiu cansada. Mirou horizontes.  Galgou montanhas. Desceu por vales.  Desejou os céus e os alcançou,  simplesmente por acreditar que poderia tê-lo. E por ir, tão somente,  descobriu suas asas. E voou!

E foi tão arteira e faceira a brincadeira que gargalhou-se um monte.  E tão alto o som de sua risada que ecoou em sua alma. E tão intensa a felicidade que durou pra sempre. Porque pra sempre é o que temos até o agora!

Seu voo, mesmo que tendo um ponto de pouso, escancarou tão escancaradamente a sua risada que seu coração foi tomado do vento.  E o tempo fez uma pausa. Para que, lá de cima, ela pudesse avistar toda sua vida. E num passeio pelo ventotempo pudesse vislumbrar a sua frente seus quereres...

Não é que, num passe de mágica, de repente soubesse o que teria por vir. Não!  São cores, odores,  sabores, amores que compõem o amanhã. Mas olhar pra eles com olhos de desejo, com alma leve, levou-a por caminhos inimagináveis. E mesmo sem saber seu futuro, o soube! Seria voar através de viagens em que a riqueza e a distância não dependiam da medida física,  mas da grandeza de sua alma. Da intensidade com que desejasse e vivesse cada momento. E, assim, a intransposição do tempo e do espaço eram dizimadas.

Só quem ousa o vôo,  descobre-se com asas.
E, uma vez sabendo-se pássaro livre,  não há mais como ser contido em gaiolas dos impossíveis!
Giovana Saito em dois dias,  de volta ao ninho!
Um pouso. Pra um novo começar...

sexta-feira, 26 de maio de 2017

A bike, a âncora, o farol

A bike, a âncora, o farol


A bike para girar
A âncora para parar
O farol para iluminar
O caminho.

A bike para ir buscar
A âncora para se fixar
O farol para enxergar
O sonho

A bike para acreditar
A âncora para não vacilar
O farol para focar
No que importa

A bike para ir passear
A âncora para te embalar
O farol para combinar
Com a melodia

A bike, os pés que me levam
A âncora, o porto seguro
O farol, meus olhos no escuro…

Eu posso girar sem parar pelo vento faceiro
Mas preciso saber aportar pro meu descanso
Tendo os olhos adiante nalgum canto
Que abrace meus sonhos, meu riso, meu pranto...

A pedra que você carrega é uma pérola!



Sempre ouço falar isso.
Deus não dá pedra maior do que podemos carregar.

Então, tá.

Soube, dias atrás, que você está no hospital. E a série de complicações que foram surgindo e acontecendo, de uma hora pra outra.

Por quê?

Nestas horas que muitas vezes, tão revoltados ficamos em ver pessoas que gostamos ou amamos, sofrendo tanto, duvidamos se há justiça nisso. Ou lógica. Ou algo razoável que explique pra quê! Simplesmente acreditar num bom motivo que explique tudo depois, não parece fazer parte da nossa capacidade de compreensão.

Não poderia ser tão pretensiosa ao ponto de dizer que somos amigas. Nos conhecemos através da bike. Mas as poucas cenas que clicaram nossas conversas exprimem o que faz parte de uma amizade que, muitas vezes, nem amizades mais longas têm.

Não é que tenha havido muitas conversas. Ao contrário. Poucas. E aí se vê que quantidade não significa qualidade, nem sinceridade…

Vou contar porquê.

Lembra-se da última vez que nós nos vimos? Eu chorando com uns problemas que me pareciam indissolúveis?
Você ouvia com uma atenção, você ajudava sem nem tanto falar, só pela sua postura de acolher, ouvir e ter serenidade em ficar ali comigo. Você é uma menina de poucas palavras. Não se abre como leque falando com todo mundo, feito eu. Tranquila. Tão nova! Tão madura. E que foi vindo, vindo, entrando neste meio sobre duas rodas só pra acompanhar a paixão do seu parceiro.

Por pequenos detalhes, te admiro. Não é por muita coisa não! E por isso mesmo, há mais valor. Não precisei de muita coisa pra me convencer que menina de valor precioso você é! Que bela escolha teu parceiro fez! E que me faz entender bem que aquela história da pedra nunca ser pesada demais, deve ser como o seu caso. Há um porquê!

Eu acredito que seja isso. Só pode! Falei estes dias para o meu fisio. “Só pode! O cara lá de cima deve me achar muito cascuda pra mandar tanta pedra pra cima de mim”. Idem. Que não sejam tantas pedras. Que sendo uma pedra danada de grande esta sua, seja só uma. Que você vai tirar de letra! Porque este cara lá de cima deve saber o que faz. Deve ter um plano pra você. Te fazer mais forte com tudo isso. Te passar um treino daqueles beeeem especiais porque sabe que você dá conta. Sabe que você aguenta. E só quer te deixar bem forte para suportar tudo à frente…

Querida amiga de poucos minutos no relógio do tempo. Mas de uma sinceridade suficiente para eu te admirar, saiba uma coisa: estamos com você! Em oração. Em energia. Em pensamentos positivo. Em torcida. Em desejos sinceros de recuperação no tempo dEle. Que Ele não tem pressa, nem faz nada de qualquer jeito. Faz no tempo certo!!!!

P.S. Cresce o número de candidatos para o grupo que eu mesma estou e devo sair quando puder retornar ao pedal.
Os R.E.I.S. Remendados, Estropiados, Infartados, Safenados. Que, na verdade, é a outra forma de nomear este tipo de gente como a gente. Teimosa, que não desiste nunca, que persevera, que vence cada um dos leões por dia, que não se entrega e acredita que sempre e sempre, o amanhã tem uma infinidade de coisas a se fazer melhor! Somos REIS porque a riqueza que temos em mãos é infinita e não contabilizamos o que perdemos ou sofremos. Mas tudo o que temos para seguir!

É rico. É muito.

Mensagem cliché X Bilhete sem CtrC CtrV



Me pediram para escrever para uma amiga.
É a segunda vez que me pedem isso.
Na primeira era uma história de amor.
Nesta, é amor também. Mas esta forma de amor mais descomplicada que se chama amizade!

Fiquei pensando o que escreveria. Havia uma época em que eu escrevia cartas a amigos conforme algo que estivesse acontecendo na vida deles. Fosse bom. Fosse ruim… Para conversar! Comemorar algo muito bom! Ou dar o ombro, o ouvido para ouvir. E expor minhas tristezas, frustrações, não para competir dores, mas para dividir as deles. Porque de certa forma, quando percebemos que há dores também ao nosso redor, parece que a nossa fica menor! E quando a gente não se cabe de alegria e transborda, é muito bom também poder repartir por histórias!

Quando decidi criar o Blog, foi bem por isso que escolhi este nome. Uma brincadeira com a própria palavra. E com as letrinhas que a compõem. Para significarem ainda mais.

Clic.
Um clic de fotografia. Que capta um momento e eterniza.
Um clic no mouse. Uma escrita. Um acesso. Uma conexão.
Clicando e conversando é pra dizer que vou captando e proseando…

Aí, o clic vira Conversas, Lembranças, Imagens, Cartas e Sonhos. Muito de mim! Perfeito!

Tenho usado muito meu Blog para escrever e conversar sobre imagens que me ficam na lembrança. Falo muito de sonhos. Mas hoje, vou  falar de resgatar algo que é maravilhoso que é a carta. Esta que você escreve de você para alguém especial. Alguém que você quer conversar, contar ou falar para ouvir.

Você sabe qual foi a última vez que escreveu uma carta? Ou um bilhete? Bilhete! Não vale mensagem de whatsapp ou outro meio qualquer virtual. Bilhete deste que revela a letrinha garrancho, ou letrinha redondinha. Aquele que você pensa na hora e não tem CtrC nem CtrV nem opção “compartilhar” para fazer cola de uma mensagem linda mas que não foi escrita por você!

Lembra?

Então.
Eu sou das antigas. Gosto disso. E acho que não tem substituição pra isso!
O escrever de um "eu” para um “você” que não existem em lugar algum do mundo iguais.

Pode ser que seja pura bobagem. Pode ser que seja irreversível esta impessoalidade em que nos metemos. Onde a rapidez faz com que tenhamos um sem número de informações, recebamos mensagem numa quantidade absurda por dia e nenhuma escrita de “mim para você”.

Percebe?

Falamos disso, eu e um amigo.
Brincadeiras à parte, sem desmerecer o desejo sincero do “Bom dia!”, ele é meio como eu. Um tanto avesso a mandar (ou receber) mensagens prontas. Recebemos mensagens realmente bonitas com figura, frases, às vezes até musiquinha e movimento. Mas aí você percebe que, para alguns, é um enviar automático, até em escala de “grupo”. Ou seja. A mensagem é bonita mas nem sempre foi escolhida pra você. Foi escolhida para o dia. Num “enviar coletivo”...

Não é crítica. Mas é. (Ai. Será que meus amigos vão compreender errado e parar de me mandar?)
Quando eu falo de algo, não estou crucificando um algo pra supervalorizar o outro algo. Estou apenas fazendo um lembrete daquela outra velha forma de falar oi, bom dia, você está bem? Lembrei de você. Estou com saudades. Quero te ver. Gosto muito de você.

Escrever virou cliché. Deixou de ser escrita do coração para ser do dedo que clica enviar, compartilhar ou a setinha que facilitou a vida de enviar tudo de uma vez!

Estou com saudade da “escrita minha para você”. De você para mim. Que ninguém pode dar CtrC CtrV porque o que está escrito nela é exclusivo meu e seu.

Porque esta vida de “copiarcolar” está fazendo todo mundo ser igual a todo mundo. Ninguém mais é especial. Ninguém mais é diferente. E vai contra o que temos de mais especial que é sermos únicos!

Que tal experimentar de vez em quando escrever uma linha pensada sinceramente, especialmente para quem você manda? Porque estes minutinhos de manhã não são uma competição numérica de quantos envios você faz. Mas o quanto quer dizer e diz! E para cada um que você escrever, diga algo só para ela. Pergunte algo pessoal. Diga algo pessoal.

Senão, corremos o risco de perder a memória e a capacidade de perceber a diferença entre um e outro. E passaremos a ser despercebidos também...

domingo, 21 de maio de 2017

Como compreender as mulheres. Ou conviver com elas!

Mulheres e sua linguagem peculiar


Preste bem atenção! No universo feminino, certas regras gramaticais, certas concordâncias, certos verbos, tempos ou lógicas, não funcionam assim, simploriamente como no universo masculino. Ou de qualquer pessoa que não queira se aprofundar num idioma próprio, mais complexo, muito mais profundo e demorado para se aprender.

Querem ver?

1- Nem toda pergunta pede uma resposta.
Exemplo: Quando ela perguntar “ Tô bonita?” Tenha o bom senso de não responder. Apenas saque a resposta certa. “Sim!”
Explicando: esta pergunta não é pergunta, criatura. O ponto de interrogação está lá por pura entonação da voz. O correto é ouvir como uma afirmação. E, simples! Concordar.

Fácil?

2- As exclamações são perguntas. Na verdade, seguindo a lógica anterior, uma afirmação. E portanto, seja rápido, uma ordem.
Exemplo: “Alguém podia me ajudar!!!”
Neste caso, nem responda. Apenas aja! Levante imediatamente e vá. Só vá!

Mais uma.

3- Uso do celular. Você pode não entender. Mas faça de conta que leu tudo que ela escreveu. Mulheres, geralmente, têm dificuldade de serem objetivas nas suas mensagens. Principalmente as mães… Caso você receba aqueles textões, tenha amor à sua pele, faça um curso de leitura dinâmica, ultra mega rápida e leia. Ou, na dúvida, mande um áudio. E pergunte direto. Pode funcionar. E responda!!!! Senão seu celular não vai parar de apitar novas mensagens… Adivinha de quem????

4- Esta é fácil. TPM. Os mais espertos podem pular. É antiga a tática. Ela tem sempre razão nestes dias. Tenha um estoque de chocolate. Concorde com tudo. Exceto se ela perguntar se engordou… Aliás, conselho geral para qualquer dia do mês. Nunca diga a uma mulher que ela engordou. E jamais, em nenhuma hipótese pergunte a uma mulher se está grávida, finja-se de distraído. Melhor distraído do que perguntar e ouvir um não. E ganhar uma dor de ouvido. De tanto que ela vai mencionar o seu nome em conversas nada amigáveis. Vai por mim!

5- Mulheres são totalmente diferentes uma das outras. Elas se vestem numa infinidade de formas diferentes. E UMA só pode acordar ao seu lado sendo várias personagens diferentes. Ela pode ter todo um estilo definido. Vai ter dias em que o que menos vai querer é se arrumar. O dia do pijama. O dia da cara lavada. O dia do fazer nada. E ai se alguém pedir qualquer coisa. É o dia do “faz você”. Ela poderá estar completamente muda neste dia. Assistindo cinco horas de seriado seguidas. Parecer um robô e você vai estranhar nem ouvir a voz dela. Acontece. Relaxe e curta. Milagres acontecem!

6- Na contramão do Dia do Silêncio, vai ter dia que você vai olhar pra ela, olhar e olhar e olhar e não será capaz de contabilizar quantas palavras ela é capaz de dizer num segundo! Muito menos de ouvir, ou distinguir as palavras. Que dirá entender. Neste dia, basta olhar para ela e sorrir. Ela não quer que você responda nada. Ela mesma pergunta, ela mesma responde. Ela não quer que você opine. Ela está apenas narrando uma odisseia qualquer. Corrijo. Qualquer para você. Mas para ela, uma epopéia. Lógico. Ela é a protagonista. Ah! Ela é a coadjuvante. Também é a figurante. A árvore do cenário. A maquiadora. A sonoplasta. Diretora. Etc, etc, etc. Entendeu? Nem adianta levantar a mão neste dia para falar. Ela não vai escutar. Se der sono, ponha um óculos escuros e durma… Se não puder, concentre-se com todo poder de concentração que você tiver e fique firme. Ela não vai parar de falar…

7- Por fim, a hora do filme. Vale pra tudo. Cineminha. Netflix. TV, o que tiver a frente. Se você pretende fazer a pergunta “O que você quer assistir?” Se prepare e não vá dar a sua opinião. Perguntou é para ficar quieto depois. A resposta é sempre uma afirmação também. Ela não está respondendo para saber se você quer assistir também. Ela está te dizendo que vocês vão assistir. Se pretendia assistir ao seu filme, ao seu jogo, vai ter de pensar numa estratégia para que ela esteja entretida com algo mais interessante para ela. Quem sabe uma amiga liga pra ela bem na hora que o jogo começa? Aí você é salvo pelo gongo!

8- Pra terminar, esqueça tudo isso! Mulheres têm suas peculiaridades. Muitas vezes você estatela seus olhos diante dela pensando “Que eu faço agora???” Ou o que faz, o que responde, porque certamente já deu a resposta errada (que era a certa, mas não a ser dada) em algum momento e se arrependeu. Se sentiu perdido com ela. Mas, certamente, deve ficar mais perdido mesmo é sem ela!

Mulheres não são feitas em série. Cada uma, na verdade, é uma peculiar mulher! Não são iguais. A receita de uma não é usada em outra. Nem para fazê-la. Nem para tratá-la. Se uma gosta de shopping, sempre há aquela que não suporta. Se há uma que tem medo de barata, há aquela que pisa nela. Há mulheres delicadas, desajeitadas, urbanas, mateiras, independentes, carentes, sedentárias​, atletas. Ousadas, tímidas, arrojadas, simplórias, estilosas, invisíveis, tagarelas, quietas, espalhafatosas, miúdas, robustas, frágeis, decididas, confusas, opiniosas, nem tanto, calmas, inquietas.
Verdade é que falar de mulher é infinito. Pois, em se querendo brincar de falar como são, já se vê que é impossível!

Melhor é pensar que este ser é um tanto o quanto imprevisível. E, às vezes, não.
E que o melhor a fazer é ter o senso de humor sempre na manga. Ela pode ser ao mesmo tempo, a guerreira, a frágil, a que quer e que não quer. Não se assuste! Às vezes, ou na maioria das vezes, ela só quer a companhia. Saber que tem alguém perto e que não está sozinha. E basta estar ali.

sábado, 20 de maio de 2017

Miniiiina, vai se benzer!


Todo mundo conhece ou tem algum amigo desastrado. Certo?

Errado.

Pode ser que VOCÊ seja o amigo desastrado que todo mundo tem ou conhece, ou ouviu falar…

No caso, aqui quem vos fala é a própria! Ela, a desastrada.

Vou contar a minha história.

No meu primeiro dia de trabalho como professora, lá com meus dezessete aninhos, estou eu a caminho do ponto de ônibus para ir trabalhar quando… POF! Viro o pé numa calçada, fico estatelada no chão até alguém vir me socorrer.

Por sorte, o pequeno acidente foi bem de frente à casa de uma amiga de infância cuja mãe já ligou para minha casa avisando minha irmã que veio me pegar e levar. Primeiro à escola para eu me apresentar. E depois, direto ao hospital para engessar o dito cujo tornozelo…

De lá para cá, perdi as contas de quantas vezes engessei o pé. Sempre virando em milímetros de desnível no chão. Até grávida, correndo pra pegar o ônibus consegui fazer a proeza!

-Menina, vai se benzer!

Foi a frase que mais ouvi, desde então.

Moro há seis anos no mesmo lugar e na última vez que retornei do hospital, há alguns dias, a funcionária da portaria parou, me olhou com aquela cara pensativa e perguntou:

-Susi, todo ano você se machuca ou quebra alguma coisa, né?

E eu, com a cara de sempre, respondo a mesma resposta de sempre:


E ouço, de novo, a mesma frase...

-Miniiiina, vai se benzer!!!

Paro pra pensar. Fato. Nos últimos oito anos, todo início do ano virei o pé andando. E nos anos anteriores passei quieta, esperando caquinhos, ou fiozinhos se grudarem de volta. Estes com nomes complicados de ligamentos, tendões dentre as “oses” todas que vão se acumulando nas articulações.

Mas nos últimos meses, bati o recorde!

Passei por um ano de restabelecimento de diversos problemas articulares. No final do ano, me submeti a uma cirurgia de ombro cujo tempo de recuperação é de seis meses, na maioria das vezes. No início do ano, como se fizesse parte do meu ritual de pós réveillon, virei o pé de novo andando. Duas roturas num pé que há três anos atrás, teve três roturas bem graves!

Quando estava prestes a me declarar zerada, POF! Três costelas fraturadas numa queda. Três dias no hospital. E dá-lhe a cada um que cruzava comigo, me vendo andar arqueada e com cara​ de dor e falta de ar, explicar o acontecido… Como se não bastasse, três dias após a alta, estou lá eu de novo, vômitos, muita falta de ar e dores intensas na região. Mais uma noite passada no hospital.

-Menina, você tem de se benzer!!!

Perdi a conta quantas vezes ouvi isto nestes últimos dias!  Esta frase tem estado tão incrustada em mim que pus na minha lista de títulos de historinhas a escrever!

Afinal! Tenho mesmo de me benzer???

Como nunca me benzi na vida, sei por cima sem saber ao certo o que é na prática, vou lá eu pesquisar e entender o que é…

Benzer = fazer o sinal da cruz
Benzer = abençoar

Enfim. Dentro das diversas crenças, é ser posto o pedido de proteção, cura e ficar aos cuidados de Deus. Ótimo!

Nada demais até aí. Exceto pelo detalhe: você PRECISA se benzer! Muda tudo!

É como se fosse uma sucessão de POFs na minha vida. Mau para quem pensa que é uma onda de azar. Bom para mim que acredito que o planar no ar que antecede o tombo, pode ser a prévia do vôo! E que topei com tantas e tantas pedras postas para me fazerem tropeçar, mas me foram degraus para transpor os muros.

-Urucubaca! Sai pra lá urucubaca!

Eu poderia dizer! Mas tenho tão certo que as paradas repentinas em minha vida foram freios certeiros que me seguraram para não cair num desfiladeiro, que estou é bem tranquila que nada disso é azar e que de sorte precisa, quem não alcança por causa-efeito, ação-reação.

É pra quebrar em mil caquinhos? Rasgar em mil pedacinhos? Não tem importância! De exemplos a natureza está cheia de que só frutifica e alcança o seu melhor estado, a sua maior grandeza se for cortado como terra arada pra se tornar produtiva, lapidado como pedra bruta que ganha o nome de preciosa, rasgada como casulo que abrigava uma lagarta que se transforma em borboleta.

E estou eu desenhando na mente o que vou escrever quando, rindo sozinha, percebo a ironia. Post feito há uns dias, fui pega de surpresa numa observação que me dizia:

-Cadê aquela menina???

Bingo! Tenho a resposta!!!

-Estou aqui, minha querida!!!

Tanta gente me chamando de menina, quando me aconselha a me benzer, que posso acreditar uma vez mais, que ainda sou uma menina! Ao menos, ralo joelho, machuco cotovelo e tornozelo, quebro alguns ossinhos, escorrego, brinco e aprendo que o tempo, este que não me dá tempo de me desviar dos tombos, é o mesmo que me ensinou a fazer deles o vôo!

-Vai se benzer miniiiina!

-Vou não! Eu já sou uma menina abençoada!!!!

É pra fazer o sinal da cruz ao se benzer? Faço, eu, então! Corpo inteiro, alma lavada. Porque só de estar viva, a benção já está dada. Vou é agradecer!

Pátria, ACORDA Brasil! O inimigo não mora ao lado!

Detalhe: Everyday generation gets a chance to CHANGE the world.

Nunca discuto e raramente me expresso sobre o assunto. Vou sair também da concha. Resolvi falar. Não. Não vou levantar bandeira de partido algum. Se não for aquela que aprendi a admirar as cores quando criança, na hora do hino nacional, quando ensinavam para a gente o que é nação e patriotismo, me recuso a segurar qualquer bandeira.

Não é uma questão de um partido contra o outro. Somos nós contra eles todos de todas as siglas ostentadoras de toda esta imoralidade. Pense bem: eles, porcos nojentos se uniram acima de qualquer legenda para um único fim - roubar nosso dinheiro e nossa dignidade! Eles que são inescrupulosos, sem caráter, bandidos do pior escalão tiveram sanidade para se unir para um fim comum. Como é possível nós não entendermos que é preciso nos unirmos, acima desta legendas, nunca defendidas realmente por eles, contra eles todos, para reerguer o Brasil???

Papéis invertidos! Ele deveriam defender as legendas e cuidar do Brasil. E ainda estamos num berçário político onde brasileiros pensam ser politizados defendendo bandeiras e siglas nunca erguidas realmente por eles…

Lastimável. Porque a bandeira deles todos de todas as siglas é só uma: proveito próprio. Quando deveriam legislar o bem comum de uma nação inteira. Que corre o risco de se afundar de uma forma nunca, jamais vista se nós, que somos um número muito maior que eles, não pararmos de fazer o que eles nunca fizeram - defender esta ou aquela bandeira - e fazermos exatamente o que eles sempre fizeram: nos unirmos para um bem comum que derrube o que eles fizeram ao longo da história!

Roubaram nosso dinheiro, sim. Mas o pior de tudo, roubaram nossa dignidade. E o mais preocupante é que roubaram nossa capacidade de AGIR ao invés de continuar a reclamar e jogar pedras uns nos outros do lado de cá.

A única ação que realmente pode mudar esta situação e nos salvar deste naufrágio de proporções inimagináveis é cada brasileiro e todo brasileiro entender que o jogo mudou. Que o adversário não é o pobre brasileiro ao lado, ingenuamente e fervorosamente bradando o seu partido político falido. SOMOS NÓS CONTRA ELES!  Somos um Brasil inteiro contra eles! Não é possível que um time que tenha uma vantagem numérica assim tão grande não acorde, não entenda e não se um una para lutar contra um time que se fingia ser o nosso time e que na verdade vendeu desavergonhadamente suas almas e são um time só contra nós!

Parecemos um bando de crianças brigando tomando o brinquedo uma da outra como se fosse o brinquedo, o troféu. E estamos deixando o ladrão fugir. Porque eles, sim, estão unidos para se salvarem.

Se tantas conversas e acordos rolaram para roubarem tanto dinheiro, imaginem quantas conversas devem estar correndo para tentarem sair imunes disto tudo...

Acredito que se em outros tempos, nossos antepassados desprovidos de tanta tecnologia que ostentamos hoje, como troféus de nossa suposta inteligência que deveria nos distinguir deles, conseguiram se unir em diversas nações e também em outros momentos políticos na nossa, para darem um basta, nós possamos também, acordar deste narcisismo ingênuo e suicida para brigarmos pela nossa própria vida. A consequência do momento histórico que vivemos pode ser avassaladora. Se não acordarmos e enxergarmos qual é realmente o adversário a combatermos. E que o inimigo não está ao lado. Está do lado de lá.


(O texto que acabei de ler e me fez escrever sobre algo que sempre me recuso a escrever)

Texto da Professora Doutora Adriana Hassin (História/UFRJ), colega niteroiense. Para nossa reflexão, a luz de suas palavras.

"Estamos, literal e metaforicamente, desgovernados. Não se trata mais de "fora Lula", "fora, Dilma" ou "fora, Temer". A questão, agora, é desgoverno. República e democracia estão ameaçadas nesse país, vendido pela imoralidade. Como historiadora, só consigo lembrar do livro "Devassa da Devassa". Como cidadã, estou perplexa e assustada com perspectivas de futuro. Como mãe, estou apavorada do país que meus filhos herdarão. Como moradora de Brasília, estou preocupada em ver o exército na rua, a cidade assombrada, os prédios sendo cercados. Não é mais hora de partidarismos, politiquinha, ideologias de camiseta. É hora de nos preocuparmos e levantarmos a bandeira do Brasil. É na pátria que temos que pensar. É ela que nos une. Unamo-nos, como franceses que fizeram a Revolução de 1789. O resto vem depois! Porque falta pouco para não termos nem resto, nem depois...."

sexta-feira, 19 de maio de 2017

O mundinho de Truman - Parte Um



Quando vejo alguém vivendo num mundinho de redoma de vidro, de “faz de conta que tudo corre bem”, tudo ”sob controle”, digo que vive no seu “Mundinho de Truman”. O filme é bem antigo. 1998! Uau! Dezenove anos atrás… E tão atual!

Vou dizer por que me marcou. Sem spoiler.

Um reality show 24 horas. Todos atores menos um: Truman. Toda sua vida monitorada. Para tudo sair conforme o planejado. Não for pra morrer de ataque cardíaco ou de supetão, morre não! É o protagonista. Não pode morrer. Será?

Ter à sua volta tudo transcorrendo bem ao estilo em torno do seu umbigo, o mundo girando ao seu redor e a seu favor parece ser presente dos deuses.

Não é não!!! Digo mais! Presente de inimigo.

Sabe aquele cara que acorda e sai sorridente dizendo ”Bom dia, vizinho!” e no exagerismo da felicidade da “Família Doriana”, ainda complementa “Caso não te veja, bom dia, boa tarde, boa noite!”? É o próprio! Risonho, conforme mandaria um script de comercial de margarina, tudo perfeito.



Se tudo parece ir conforme o roteiro do ”tudo dar certo” por que um desconforto, um desassossego nasce dentro dele?

Não pretendo fazer uma resenha do filme. Mas é impossível falar dele sem mencionar algumas cenas de pequenas frases que dão pano pra manga pra discussões. Para responder a esta pergunta, por exemplo. As garçonetes suspiram e dizem “Eles tiraram ela de cena, mas não retiraram a sua lembrança…”

Fechou.

Num mundo onde tudo acontece como manda o figurino, não haveria porque algo dar errado com o script. Mas deu. O mundo externo é manipulável. O interior, não.

Opinião minha. Nem vivendo num mundinho de Truman se mata aquilo que se tem lá dentro. O ser humano tem vocações. A liberdade é uma. E ela só é domada nesta anestesia diária que nós mesmos nos aplicamos ao engolirmos um script que não fomos nós que escrevemos. Em algum momento este desassossego acontece. Alguns acordam. Outros não.

Show de Truman é daqueles filmes que se você quiser, viaja longe em várias analogias. Ricas. Diversas. Mas que tratam especialmente do “ser no mundo”. Haja visto o próprio nome ser uma referência a isso. Homem verdadeiro. True-man. O próprio. O Truman.

Você é um TRUe-MAN? Ou vive dando bom dia, boa tarde, boa noite, sem perceber que tudo a volta acontece sempre do mesmo jeito? Previsível?

Já parou para olhar direito?

Se você atravessar a tempestade, pode descobrir que entre o mundo virtual de mentirinha e do mundo real dos verdadeiros sentimentos e reações não prescritas e controladas, existe uma porta. Mas é preciso ir até ela e passar. Senão, pode ser que você se descubra um LYINGman. Numa bela vida Doriana, de mentira.



Ah! Sobre à menção acima “Não for pra morrer de ataque cardíaco ou de supetão, morre não! É o protagonista. Não pode morrer. Será?” finalizo: Você ainda tem dúvida que para morrer basta estar vivo? Retifico. Se você não se decidir viver, é mero figurante naquilo que deveria ser o protagonista. Ao vivo. E não sob uma redoma.


Links de resenhas do filme:



A melhor das resenhas que li sobre o filme:

“Por que acha que Truman nunca chegou a descobrir a verdadeira natureza do mundo que o rodeia?” E ele responde: “Nós aceitamos a realidade do mundo com o qual nos defrontamos. É muito simples” (...) “quantos não são prisioneiros da televisão? E quantos não são prisioneiros de falsos relacionamentos? Quantos ainda não são prisioneiros de um trabalho do qual não gostam? De uma cidade na qual se entediam? Mas, mesmo assim, não têm a disposição necessária para tentar mudar de vida, para serem mais felizes, enfim, não têm a vontade de serem mais livres, de viverem de verdade, e não somente sobreviverem enclausurados.”