Vamos conversar?

Vamos conversar?

terça-feira, 27 de março de 2018

Como se fosse a primeira vez


Fascinação. Não há como descrever melhor. Talvez, haja. Ok. Cada um conta como lhe aprouver.

Mais. Sentir por uma segunda (ou terceira, ou quarta, ou incontável e infinita) vez o fascínio da primeira…

Vou contar o que foi. Como foi.

Há uns quatorze anos atrás, eu fiz isso pela primeira vez. Passou a ser hábito. Incorporado ao dia a dia. Com o passar do tempo, perdi, deixei acabar. Evaporou da minha vida. Me fazia um bem danado! Dava vida! Se é que é assim que se pode dizer sobre algo que fazia justamente isso. Dilatava os poros da respiração. Acelerava a pulsação. Fazia os olhos estalarem de felizes.
Retornei por um outro caminho, num outro estilo. Apenas por lazer. Mas o que eu sempre alimentei, escondidamente, era a vontade de que fosse minha companheira diária, minha companheira de ir e vir ao trabalho juntas!

Dias atrás, finalmente, criei coragem, depois de muita enrolação e botei a mão nela e fui!

Usar esta parceira de tantas aventuras, de tantas descobertas de possibilidades, de superação de tantos desafios que eu desconhecia ser capaz de ultrapassar, como minha forma de fazer algo tão simples, como ir até ali na aula, ir fazer uma compra, ir trabalhar com ela me deu uma gostosa sensação de refazer uma primeira vez!

Pus minha roupinha normal de ir ao trabalho, nada especial ou esportivo como seria o habitual para sair com ela e…. Dio santo! Não imaginava que seria tão bom! Me senti uma criança fazendo arte. Uma criança andando de bicicleta pela primeira vez… E era como se fosse! Como se fosse a primeira vez que eu tivesse usado a bicicleta para ir ao trabalho! E, mesmo já tendo feito isso por algum tempo, usado a bike como meu meio de locomoção, eu havia deixado este hábito de lado. E não me lembrava que fazia tão bem…

Destas coisas é preciso relembrar. Pra estas coisas boas, é preciso retornar! Pra que a primeira vez passe a ter uma incontável sucessão de vezes, reviva o que faz bem. E a gente possa desenhar no rosto esta cara de espanto, de encantamento, de se reapaixonar por aquilo que já existia na vida, mas se acomodou num formato de sempreamesmacoisa e que pode proporcionar prazer em tantas roupagens diferentes…

Qualquer semelhança com outras e outras áreas da vida, não é mera coincidência. É fato. É alerta. É necessidade de mudanças. Ou repaginações simples que só enriquecem aquilo que já faz bem…

#Irevirdebike #ciclourbana #bikenacidade #voudebike #vadebike #bibicletaesaltoalto #bici #mulheresquepedalam #mulher&bike #mobilidadeurbana #debikeeuvou

Uma coletânea linda de imagens de mulheres e suas bicicletas, indo e vindo nas suas bicis, para o trabalho, na cidade, cheias de charme...







quinta-feira, 8 de março de 2018

Espelho, espelho meu… Quem sou eu?


  • Espelho, espelho meu… Existe alguém no mundo mais… Mais… Mais o quê, mesmo?

Termine a frase.
Olhe pro espelho.

Ou

Olhe pro espelho e termine a frase!
Mas antes disso! O que você vê quando olha para o espelho?


Atravesse o vidro, se precisar! Dentro de você. Com teus próprios olhos. Com o Teu olhar. Porque hoje é um dia que chamam de Dia da Mulher. Sei. É esparramam imagens mil de mil e uma mulheres.

Tudo bem. Tudo bem.

A história conta a história de mulheres fantásticas que fizeram história… Modelos indiscutíveis naquilo que viviam. Mas é aí que mora o perigo! Os olhos da gente se encherem de modelos outros, de vitórias de tanta gente afora e… Esvaziarem-se de si mesmos. Esquecerem quem são. E, pior… Tentarem (loucamente!) ser quem não são! E não escreverem suas próprias histórias!


Pegue na flanelinha. Passe com carinho no espelho que reflete você. E enxergue quem você é, de verdade.

Esta, sim tem de ser a heroína da sua vida! A guerreira que você admira, se orgulha de conhecer e compartilhar a história de vida. Não precisa ser da Mulher Maravilha, da Rainha, da Mulher Gata nem de alguém conhecida pelo mundo inteiro.

O que importa mesmo é ser conhecida por você. E você pode olhar pra este reflexo que vê e poder sorrir. Porque esta é a única mulher que você vai poder olhar, admirar, sem invejinha, sem inveja branca, colorida ou disfarçada. Vai poder virar as costar e ir. Feliz da vida por ser assim.


Não se espelhe naquilo que você não é. Seja espelho para quem te vê!

terça-feira, 6 de março de 2018

O tempo à toa


Comichão nas mãos! Gente, assim, meio nãoparaquieta não sabe parar e parar. Parece que fica procurando algo pra fazer. Com as mãos. Com o pensamento. Está o tempo todo armando algo, mentalmente…

Estou lá, eu, no meu trabalho, fazendo uma ligação, pedindo umas informações.
A moça:

  • Espera um momentinho…


A de cá. Mexe. Remexe. Tamborila com os dedos. Parece precisar fazer duas coisas ao mesmo tempo. Sempre! Pega qualquer coisa na mão pra mudar do lugar na mesa e derruba, exatamente, em cima do telefone! Off course, cai a ligação…

Momentinho vira momentão! Quem tem pressa, come cru. Quem faz mal feito, faz duas vezes. Quem não se concentra, se impacienta!

Mania de multiplicar os minutos. Só pode ser! Fazer duas coisas ao mesmo tempo… Puro desperdício! Do próprio tempo…

Olha a volta. É questão de lógica. Matemática pura. Um dividido por 2…
Ou
1:2=?
½

Ou… Meio.


E quem divide seu tempo sempre se dividindo, meio comendo, meio escrevendo no celular; meio andando, meio falando no celular; meio jantando com os amigos, meio olhando a rede social no celular… Sempre estará meia-boca em tudo!

No final das contas, desta conta matemática mesmo, de umdivididopordois ou umdivididopormilhõesdecoisasafazer se não acordar nunca estará integralmente na sua vida real. Vida de fato. Nunca será unzinho inteiro em lugar algum.

Hora de desligar o botãozinho de fora. Ligar o botãozinho de dentro. E ser um multiplicado por um.


Tempo à toa é tempo pra isso. Ficar à toa... Sem fazer, absolutamente, nada. Nadinha de nada! Porque, talvez, a melhor forma de aproveitar melhor o tempo é dar a ele o que é dele próprio O nome de cada um. Porque se você, realmente, conseguir fazer cada coisa em seu devido tempo, não vai precisar atropelar o limite de cada um.

Tempo de fazer. E tempo de não fazer nada!
Tempo de ouvir. Tempo de falar...
Tempo de seguir e de parar.
Tempo de repetir. E de se reinventar!
Tempo de sofrer e de parar de sofrer!
Tempo de barulho. Tempo de silêncio absoluto.
Tempo à toa. E tempo à toda...


Nunca ouvi falar em alguém que tenha conseguido correr tanto e tanto que tenha ultrapassado ele: o Tempo. E ele mesmo ensina que entre os tics e tacs há uma pequenina pausa. Para haver a cadência do tempo...

sexta-feira, 2 de março de 2018

Pausa não é ausência de música. Pausa é música!


Neste período meu reclusa, caverna, encontrei outros prazeres. Voltei a escrever no blog. É o que de verdade, mais amo fazer! Mais que a corrida. Mais que pedalar. Não mais que viajar, porque as duas coisas andam juntas! Voltei a dar importância ao que não dava tempo enquanto só treinava…


Hoje, desfruto de happy hour pós trabalho, socializo muito mais e com gente que não convivia, nem conviveria se estivesse firme e tão somente no mundinho da corrida

Visito amigas! Marco de reencontrar pessoas que conheci no caminho, no ônibus na viagem, como fiz ontem, encontrando a menina que foi no busão do meu lado na última viagem até SC!

Hoje sooooobra tempo. Antes, eu corria, e tudo era uma correria. Não vou dizer que não sofri. Mas enquanto a gente sofre pelo que perdeu, deixou de fazer, ou não tem por hora, ou não tem mais, a gente não enxerga aquilo que tem à volta…


Foi o que aprendi nestes dois anos off…

Ao invés de correr, caminhar. De só falar, conversar. Ler mais. Escrever muito! Pra compartilhar... A gente chega numa idade e vê que só vale à pena ter vivido tanta coisa, se puder compartilhar com o outro. Pra que outras pessoas despertem do sono profundo que são suas vidas, quando não têm coragem de ir…

Esta nossa vidinha corrida ensinou muuuuuuita coisa pra gente!

Se você tiver mesmo de ficar um período sem correr, rico de alma como é, tenho certeza que encontrará muitas riquezas colhidas no caminho pra te distrair, redescobrir e fazer!


Você é uma pessoa rica! Um ser humano que é uma unanimidade! Nem te conheço tão ao vivo e a cores, olhe só! Mas é isto que você transmite! Esta fortaleza com docilidade. Esta infinita garra misturada à loucura típica de quem busca superar e ultrapassar a linha do horizonte! Mas não perde o pé do chão, embora voe! Não perde a doçura do falar, do sentir e mostrar, embora seja fortaleza!


Deve dar medo. Ficar sem fazer algo que você ama tanto assim, deve dar medo. Mas medo passa! Porque a coragem vem no coração de gente como você, que encara a batalha!

Pode ser que fique um vazio, lá, de vez em quando, se sinta um peixe fora d'água, ao ver todos correndo, menos você. Como eu mesma senti. Mas a imensidão de ganhos é muito maior que a perda. E você precisa parar um pouco e ouvir o corpo. Olhe só quem está falando!!! Justo eu! Que teimei tanto em não aceitar parar…


É apenas uma pausa. Você que é músico e é de uma família musical, sabe. Pausa não é ausência de música. Pausa é música!

P. S. Carta escrita a um grande amigo que terá de ficar longe da corrida por um tempo...